Do Iracy Coelho ao Noroeste, pacientes reclamam de atendimento odontológico

Desde que o Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) relatou a falta de equipamentos para realizar tratamentos dentários em 11 unidades de saúde da Capital, leitores do Campo Grande News compartilham dificuldades no atendimento.  Na semana passada, o presidente do Sioms, David Chadid, explicou à reportagem que as cadeiras de atendimento estão sucateadas e há falta de autoclaves, usados para esterilização, sendo necessário o deslocamento de utensílios para limpeza em outros postos de saúde. Porém, a ausência de compressores deixou a situação ainda mais emergencial.  “Os atuais ofícios focam no problema dos compressores devido à urgência de conserto dos mesmo, pois sem funcionamento do compressor não funciona a seringa tríplice da cadeira, o sugador também deixa de funcionar e principalmente o motor de alta e baixa rotação. Fica inviável os atendimentos cirúrgicos, procedimentos invasivos como remoção de cáries, realizar restaurações, entre outros procedimentos”, detalhou.  Com isso, está sendo quase impossível conseguir fazer cirurgias, tratamento de canal, restaurações, remoção de cáries, profilaxias, raspagens e outros tratamentos mais invasivos. Dentre as unidades citadas estão: CRS Aero Rancho, USF Parque do Sol, USF José Tavares, USF Estrela Dalva, USF Carlota, CEO Guanandi, USF Macaúbas, CF Nova Lima, USF 26 de Agosto, CEO Santa Emília e USF Caiçara. Pelas redes sociais, os leitores do Campo Grande News compartilharam que aguardam pelo procedimento há mais de dois meses. “Já tem 6 meses que tento uma vaga para o dentista no posto José Tavares, na região do Nova Lima”, escreveu Marilza Vilela. “No Pedrossian está sem atendimento por conta do compressor desde o ano passado”, disse Delize Campos. Outros pontos da cidade também acumulam reclamações. “Aqui no Iracy Coelho há meses não tem dentista, imagine equipamentos e material para trabalhar”, questionou Moisés Aniceto. “Verdade! Aqui no Bairro Dom Antônio Barbosa nunca tem dentista”, completou Juliely Spiller.  Após o pedido protocolado pelo sindicato, a categoria foi recebida pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, na manhã da última sexta-feira (7). Foi apresentada uma medida paliativa, que é encaminhar os pacientes para as unidades mais próximas e para os serviços de urgência e emergência.  Também foi informado que já há processos de compra em andamento para 180 cadeiras odontológicas, compressores, autoclaves, equipamentos de raio-X e ultrassom, utilizando recursos de repasses federais e estaduais, além de portarias de investimentos. Contudo, os trâmites dependem da Secretaria de Compras e seguem prazos administrativos. Sobre os problemas específicos com os compressores, a Sesau alegou que o contrato de manutenção foi finalizado e que três unidades apresentam problemas elétricos que causam a queima frequente dos equipamentos. A Energisa já foi acionada para resolver a situação. Por fim, a Sesau foi questionada sobre as novas reclamações da população, mas ainda não deu retorno à reportagem. O espaço está aberto para esclarecimentos. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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