Homem é preso por maus-tratos de cinco animais no Jardim Panamá

Homem, por volta de 50 anos, foi preso no início da noite desta segunda-feira (10) por maus-tratos, no Jardim Panamá. Na casa dele foram encontrados quatro cachorros acorrentados em um espaço de um metro quadrado. O homem foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O superintendente de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal, Carlos Eduardo Rodrigues, 33 anos, em entrevista ao Campo Grande News , contou que a denúncia de maus-tratos chegou no domingo (9), por meio da plataforma on-line que fica no site da Devir (Delegacia Virtual) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. A plataforma está funcionando desde dezembro do ano passado e já recebeu pouco mais de 300 registros. Este foi o primeiro flagrante.  “Os animais estão todos aprisionados. Não é nem cárcere, é prisão mesmo. As correntes estão bem próximas ao pilar que está amarrado, coisa de 40 centímetros”, detalhou Carlos após averiguar o espaço. O tutor dos animais resistiu a entrada da equipe da Suprova, e foi preciso o apoio da Polícia Militar.  Carlos ainda relata que o cenário visto na casa do homem é insalubre. “Os animais não possuem nenhum tipo de alimentação, a água que tem está extremamente turva e outros nem têm água. Ou seja, passaram o dia sem água. Não tem condição nenhuma de viver naquele lugar”, explicou o superintendente. No vídeo recebido na denúncia feita ontem (9), mostra um dos cachorros que foi resgatado preso embaixo de um tanque de lavar roupas. Segundo os vizinhos, o homem já foi denunciado outras vezes e a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), teria ido até o local. Questionado sobre os animais acorrentados, o homem alegou aos policiais que deixa os cachorros presos para “não atacarem o gato”. O gatinho estava preso dentro da residência durante a averiguação da equipe.   Conforme o médico veterinário, Samuel de Lima, que integra a equipe da Suprova, é feito um “check-list” de bem-estar do animal. “Nós avaliamos cinco liberdades, que é livre de fome e sede, livre para expressar seus comportamentos, livre de dor e desconfortos. Verificamos também a questão sanitária e no final eu tenho um diagnóstico geral sobre o estado do animal”, explicou Samuel. On-line – A plataforma de denúncias virtuais criada na página da Devir está no ar desde dezembro do ano passado, e semanalmente recebe cerca de 40 denúncias. Segundo o superintendente da Suprova, Carlos, em 90% dos casos os tutores somente são orientados a mudarem a conduta, e recebem a visita das equipes outras três vezes.  Carlos Eduardo explicou que a ferramenta foi criada para democratizar o acesso à denúncia. “Nossa equipe técnica vai ao local com um médico veterinário, e com a PM, para realizarmos uma perícia e constatar realmente se aquele animal está em estado de vulnerabilidade. Caso esteja, ele é responsabilizado”, explicou. Após a denúncia ser cadastrada no site da Polícia Civil, equipes da Suprova fazem uma análise, que pode resultar em vistoria no endereço indicado. Com isto, caso seja comprovado os maus-tratos, é aplicada a penalidade ao infrator.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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