Entidades lamentam morte de jornalista e OAB diz que vai acompanhar caso

Vários órgãos divulgaram nota de pesar nesta quinta-feira (13) lamentando a morte da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos. Ela foi esfaqueada na tarde de ontem pelo ex-noivo, Caio Nascimento Pereira, de 35 anos, chegou a ser socorrida para a Santa Casa, mas não resistiu. O assassino foi preso em flagrante e vai passar por audiência de custódia.  Vanessa era chefe da assessoria de imprensa do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul). “É com profundo pesar e indignação que o MPT recebe a notícia do falecimento da servidora pública e jornalista, vítima de feminicídio em Campo Grande. Vanessa foi brutalmente assassinada pelo então companheiro, em um trágico episódio que evidencia a urgência de combater a violência doméstica e proteger as mulheres em situação de vulnerabilidade”.  Conforme o texto, Vanessa Ricarte era uma profissional dedicada e comprometida com a missão institucional do Ministério Público do Trabalho, contribuindo de forma significativa para a divulgação e conscientização sobre os direitos trabalhistas e a Justiça social. “Sua perda é um golpe não apenas para a instituição, mas para toda a sociedade, que vê mais uma vida ceifada pela violência de gênero”. Ainda de acordo com o órgão, o Ministério Público do Trabalho repudia veementemente qualquer forma de violência contra as mulheres. A instituição reforça a importância do protocolo de atendimento a vítimas de violência doméstica, que visa garantir acolhimento, orientação e encaminhamento adequado às vítimas, além de promover ações preventivas e educativas para enfrentar esse grave problema social. “Neste momento de dor, manifestamos nossa solidariedade à família, amigos e colegas de Vanessa. Que sua memória inspire a luta por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres, e que sua tragédia nos motive a fortalecer as políticas públicas de proteção e combate à violência doméstica”. Conforme o Sindjor e a Comissão de Mulheres da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a jornalista era uma profissional dedicada. “De texto impecável e ideias constantes, Vanessa sempre tinha um projeto novo na manga. Era de uma vitalidade admirável. Inventiva e acreditava no potencial do ser humano como agente de boas transformações. Ela mesmo era reflexo disso. Sua morte representa uma perda irreparável para o jornalismo e para a sociedade”.  Para o Sindjor, o caso indigna não só pela brutalidade, mas por expor falhas que não deveriam existir no sistema de combate à violência contra mulher. “A violência que tirou a vida de uma mulher tão extraordinária é um lembrete cruel de que a luta por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres deve continuar com ainda mais força”. Vanessa era formada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).  A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção de Mato Grosso do Sul, se manifestou por meio de nota, afirmando que assassinato da jornalista traz à tona mais um caso de grave problema social da sociedade: a violência de gênero, em seu grau máximo. “A OAB repudia toda e qualquer violência, em especial a de gênero e em razão da condição de mulher; e acompanhará o caso por meio de sua Comissão de Combate à Violência de Gênero”. O vereador Epaminondas Neto, o Papy, presidente da Câmara Municipal, também lamentou a perda e reforçou a necessidade de medidas urgentes para enfrentamento à violência contra as mulheres. “Hoje fomos surpreendidos com a trágica notícia do falecimento da jornalista Vanessa, que foi servidora pública municipal, que fazia importante trabalho no jornalismo. Infelizmente, mais uma mulher vítima de feminicídio. Nós da Câmara nos solidarizamos, com a família e amigos por esta perda irreparável desta grande jornalista”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Adicionar aos favoritos o Link permanente.