Bispo, terapeuta e teólogo: saiba quem é o secretário preso em operação que investiga fake news


Gustavo Henrique Duarte foi preso por desacato após um desentendimento com agentes que cumpriam mandados casa dele. Prefeita informou que ele será exonerado e que a secretária adjunta vai assumir a pasta. Gustavo Henrique Duarte foi preso durante operação
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O secretário de Assistência Social de Várzea Grande, Gustavo Henrique Duarte, preso nesta sexta-feira (14), durante uma operação da Polícia Federal que investiga a divulgação de notícias falsas durante as eleições de 2022, se apresenta nas redes sociais como bispo da igreja Batista Global. Ele é bacharel em teologia e terapeuta em dependência química.
O novo secretário também foi o responsável pela fundação da Associação dos Ministros e Intercessores, onde lidera mais de 125 líderes religiosos em ações comunitárias.
Gustavo já atuou como coordenador-geral e chefe de gabinete na Câmara Municipal.
Após a prisão, a prefeita Flávia Moretti anunciou que o Gustavo será exonerado e que vai nomear a secretária adjunta, Cristina Saito, pasa assumir a pasta (assista abaixo)
Prefeita fala sobre medidas que serão tomadas a partir de agora
Preso em operação
Segundo a PF, Gustavo foi preso por desacato, após um desentendimento com agentes que cumpriam mandados de busca e apreensão na casa dele.
Além de Gustavo, outros dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital. O secretário integra a gestão da prefeita Flávia Moretti e o vice, Tião da Zaeli, investigados por suposto uso irregular das redes sociais para espalhar fake news durante a campanha eleitoral de 2024.
Gustavo Henrique Duarte foi preso durante operação
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Nepotismo na gestão
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu a intimação da prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), após ela descumprir a decisão judicial que ordenou a exoneração imediata de parentes nomeados em cargos comissionados ou funções gratificadas no município, incluindo o marido dela, Carlos Alberto de Araújo, nomeado secretário de Assuntos Estratégicos. O pedido foi apresentado no dia 11 deste mês.
Em nota, a Prefeitura de Várzea Grande disse que o cargo de secretário municipal é um cargo político de extrema confiança e que há jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF) que garante a nomeação de cônjuges em casos como este.
Após a decisão da Justiça, na última semana, a prefeita disse publicamente que vai recorrer da decisão e não vai demitir o marido. De acordo com o Portal da Transparência, a base salarial de um secretário municipal é de R$ 10 mil.
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