CEO da Gol trata batida de avião e carro no Galeão como emergência e parabeniza tripulação por ‘evitar que situação se agravasse’


Na terça-feira, Boeing acelerava para decolar do Rio para Fortaleza quando atingiu uma picape de manutenção na pista. Aeronave conseguiu frear e acionar protocolos de segurança até o desembarque de todos, sem feridos. Cenipa e PF investigam o acidente. CENIPA investiga causa do acidente entre avião e caminhonete no Galeão
Em um comunicado interno enviado por e-mail, o CEO da Gol, Celso Ferrer, parabenizou a equipe que estava a bordo do avião que se chocou contra um carro utilitário na pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
“Graças à atuação excepcional de nossos profissionais a bordo, conseguimos evitar que a situação se agravasse, garantindo a segurança de todos”, diz parte do texto, ao qual o g1 teve acesso.
O acidente foi por volta das 22h de terça-feira (11). O Boeing 737 Max 8, matrícula PS-GPP, decolava da pista 10 do Galeão, no Rio, rumo a Fortaleza, no Ceará. Enquanto acelerava para a decolagem, a aeronave se chocou contra uma picape de uma empresa de manutenção.
Ninguém se feriu. As causas são investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e, em paralelo, pela Polícia Federal.
Especialistas em segurança de voo dizem que acidente na pista do Galeão poderia ser trágico (entenda).
À tripulação – que não tinha visibilidade total do solo ao decolar e, portanto, depende da torre de controle para trafegar – coube apenas reagir à batida. O comandante abortou a decolagem e freou o avião até parar e acionar os protocolos de segurança para o desembarque.
Ferrer afirmou que a tripulação atuou “com alto níveo de consciência situacional e decisões rápidas”, “garantindo uma coordenação ágil e uma comunicação clara durante a emergência”.
O CEO citou nominalmente os tripulantes: “Agradeço a cada um de vocês – Thiago, José Márcio, Adri, Jaqueline, Priscilla e Thais – pela dedicação e profissionalismo”.
Comunicação
Avião bate em carro no Galeão
Reprodução
As investigações tentam descobrir se a torre de controle estava ou não ciente de comunicações prévias de que o veículo estaria na pista do Aeroporto do Galeão.
A empresa à qual pertence o carro, a Predial, afirmou ter informado à torre de controle que seus funcionários faziam a manutenção da pista.
A PF apura se o veículo estava parado entre as luzes ou fora da demarcação quando foi atingido pelo avião.
A concessionária do aeroporto não explicou por que a picape estava no meio da pista após uma decolagem autorizada. O RIOgaleão apenas informou que “houve um incidente sem vítimas”.
Carro atingido por avião no Galeão na terça-feira (11) ficou destruído
Reprodução
A cabine da picape foi totalmente destruída (veja acima), mas os dois funcionários estavam fora do veículo e nada sofreram.
Passageiros filmaram o momento em que o avião sofre um solavanco e se ouve o estrondo do impacto.
“Pela minha percepção, estava bem próximo de decolar. Foi quando a gente sentiu um solavanco e um barulho. O piloto iniciou a frenagem, e ficou aquela apreensão para ver se ia dar tempo de frear até o fim da pista. Graças a Deus estamos vivos para contar a história”, contou o procurador de Justiça Átila de Oliveira, viajava para o Ceará, onde vive.
Diálogo com a torre
O g1 teve acesso ao diálogo entre o piloto e a torre de comando do Galeão logo após o acidente. “Gol 1674 abortou decolagem… tinha um carro no meio da pista”, disse o comandante do Boeing 737 Max 8.
“Trombamos num carro do meio da pista”, continuou o piloto. A controladora de tráfego aéreo pergunta se foi mesmo na pista, e o tripulante confirma: “No eixo da pista!”
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