Acordo secreto? Justiça investiga papel de Piqué na negociação da Supercopa

Acordo secreto? Justiça investiga papel de Piqué na negociação da Supercopa

A transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita tem gerado grande especulação e investigação. O ex-jogador do BarcelonaGerard Piqué, foi convocado a depor sobre um acordo que levou a competição para o país árabe. O centro da investigação é a possibilidade de pagamentos irregulares recebidos por Piqué por meio da agência de eventos Kosmos, da qual é presidente, durante seu tempo como atleta.

As alegações giram em torno de uma função intermediária que a empresa de Piqué teria desempenhado nas negociações do contrato, o que resultou na transferência do torneio. O ex-zagueiro foi formalmente indiciado em 2024, acusado de receber anualmente uma comissão de 4 milhões de euros.

Acordo secreto? Justiça investiga papel de Piqué na negociação da Supercopa
Créditos: depositphotos.com/Maxisports

Como a Supercopa da Espanha foi transferida para a Arábia Saudita?

Tradicionalmente, a Supercopa da Espanha era disputada em território espanhol desde 1982. Contudo, em um acordo estabelecido por Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), e autoridades sauditas, o torneio passou a ser disputado na Arábia Saudita a partir de 2020. Exceção foi feita apenas em 2021, quando, devido à pandemia de Covid-19, a competição ocorreu na Andaluzia. A duração do acordo prevê a manutenção das partidas no Oriente Médio até 2029.

Esse negócio deveria trazer um investimento significativo ao futebol espanhol, com 320 milhões de euros prometidos à RFEF para serem reinvestidos. A expectativa era que esta quantia fomentasse o crescimento e desenvolvimento do esporte no país.

Quais são as implicações para Gerard Piqué?

Num caso exposto por documentos e áudios vazados, descobriu-se que a Federação receberia 40 milhões de euros anuais, enquanto a Kosmos, de Piqué, teria direito a 4 milhões de euros por edição do torneio na Arábia Saudita. A revelação destes detalhes gerou suspeitas sobre o papel do ex-zagueiro nas negociações e sobre possíveis conflitos de interesse durante suas atividades empresariais, enquanto ainda jogava pelo Barcelona.

Essas suspeitas foram agravadas por alegações de que Piqué teria recebido tratamento distinto por parte de Rubiales, presidente da RFEF durante as negociações. Isso gerou debates sobre a ética e a legalidade das ações dos envolvidos.

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Piqué e sua defesa diante das acusações

Em resposta às acusações, Piqué se pronunciou publicamente, negando qualquer envolvimento em atividades ilícitas. Ele argumentou que todas as suas ações foram legais, e que a comissão recebida estava dentro dos padrões de mercado para serviços de intermediação. De acordo com ele, a porcentagem de 10% cobrada é comum nesse tipo de operação.

A declaração de Piqué, apesar de firme, não diminuiu o escrutínio público, já que o debate sobre a transparência de acordos no futebol continua a engajar opiniões diversas. A expectativa é que seu depoimento em março ofereça mais clareza sobre os detalhes do caso e potencialmente determine futuras ações legais relativas ao contrato da Supercopa e às partes envolvidas.

Impactos da controvérsia no futebol Espanhol

O escândalo em torno do contrato da Supercopa trouxe questionamentos sobre a gestão esportiva na Espanha e o papel de grandes figuras do futebol em negócios controversos. A revelação de acordos financeiros com o governo saudita levanta preocupações sobre o equilíbrio de interesses esportivos e comerciais. À medida que as investigações progridem, o futuro da Supercopa e de seus organizadores está sob intensa vigilância, e muitos aguardam por reformas que aumentem a transparência e ética nas operações esportivas internacionais.

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