Dólar cai abaixo de R$ 5,70 e fecha no menor nível em mais de três meses

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (18) em queda, voltando a ser cotado abaixo de R$ 5,70, o menor patamar em mais de três meses. A desvalorização da moeda foi impulsionada por um leilão do Banco Central (BC) e pela valorização das commodities. Já a bolsa de valores registrou leve baixa e fechou praticamente estável.

A divisa norte-americana foi negociada a R$ 5,689, com recuo de R$ 0,016 (-0,41%). No início do pregão, o dólar chegou a R$ 5,72 por volta das 11h, mas passou a recuar após o BC leiloar US$ 3 bilhões das reservas internacionais e o Tesouro Nacional anunciar a emissão de títulos de dez anos no mercado externo.

Com esse resultado, o dólar atinge seu menor nível desde 7 de novembro de 2024, quando a moeda era negociada a R$ 5,67. No acumulado de 2025, a desvalorização da divisa já chega a 7,93%.

Bolsa tem dia volátil e fecha estável

O mercado de ações também teve um dia de oscilações. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou o pregão com leve recuo de 0,02%, aos 128.532 pontos, após três sessões consecutivas de alta. Durante o dia, o indicador chegou a subir 0,58%, mas perdeu força em um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem ações para garantir ganhos recentes.

Fatores externos e intervenção do BC impactam mercado

No cenário internacional, o dólar subiu ante a maioria das moedas, mas registrou perdas em relação ao real e aos pesos colombiano e mexicano. A valorização das commodities também favoreceu a entrada de capitais no Brasil.

O Banco Central realizou um leilão de linha, ofertando US$ 3 bilhões ao mercado. Nessa operação, o BC vende dólares das reservas internacionais com o compromisso de recomprá-los futuramente. Essa foi a quarta intervenção cambial do BC em 2025, sob a gestão de Gabriel Galípolo.

Outro fator que contribuiu para a queda do dólar foi a emissão de US$ 2,5 bilhões em títulos do Tesouro Nacional no mercado externo. Apesar da taxa de juros de 6,75% ao ano, a maior em 20 anos, o governo conseguiu um spread de 2,2 pontos percentuais em relação aos juros norte-americanos, o menor desde 2019, aumentando a confiança dos investidores no Brasil.

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