“Não é só plaquinha”: motorista acha poste “no meio” de vaga para deficiente

Mães que dirigem pelo Centro de Campo Grande têm muitas reclamações a fazer sobre a localização e tamanho das vagas de estacionamento reservadas para PcDs (Pessoas com Deficiência) na rua. O assunto foi sugerido pelo canal Direto das Ruas .  Vaga reservada bem em frente ao shopping Pátio Central, por exemplo, fica ao lado de um poste de energia. Não dá para abrir a porta completamente para retirar alguém com segurança e conforto do banco de trás do veículo.  É o que a bancária Isleni Oliveira, 45, enfrenta com a filha de 12 anos. A menina tem uma síndrome rara que causa mobilidade reduzida e deficiência intelectual. “Quando não é em frente a um poste, é um bicicletário”, diz. A mãe chama atenção para o direito desprezado. “Não é só colocar plaquinha! As pessoas com deficiência têm direito à acessibilidade”, fala.  Espaço apertado e esquina – A secretária Vanessa Pita vive esse sufoco com o filho. Ele tem paralisia cerebral e usa andador.  A motorista sente falta de modelos de vagas maiores, que caibam uma pessoa atrás para abrir o porta-malas e retirar, sem dificuldade, uma cadeira de rodas ou outros pertences da pessoa com deficiência.  Por causa do aperto, ela, às vezes, prefere pagar estacionamento privado a usar o público. “Eu tenho que parar o carro, eu tenho que abrir o porta-malas, eu tenho que montar o andador dele e aí eu tenho que descer ele do carro, descer com ele. Você entendeu? Muitas vezes ou quase sempre eu prefiro parar em estacionamento pago”, conta.  Outro detalhe é a localização das vagas. Algumas estão nas esquinas, daí, manobrar vira um desafio.  “São umas vagas apertadas, são vagas de difícil acesso, são vagas próximas a uma esquina… como que você vai manobrar um carro para entrar ali? Ou é atrás de uma banca de revistas, é uma vaga junto à vaga para idosos e motos. Pensa você na Rua Dom Aquino, tentando manobrar carro para entrar numa vaga pequena?”, finaliza.  Exemplo –  As mães pedem que as vagas para PcDs comecem a se adequar ao modelo das vagas da 14 de Julho. A via foi revitalizada durante a pandemia e os estacionamentos foram mais bem-planejados.  Ainda sobre a 14 de Julho, acrescentam que a rua poderia ter mais vagas reservadas do que têm hoje.  Outros endereços no Centro onde a reportagem registrou dificuldade para estacionar foram: Rua Sete de Setembro, entre a Rui Barbosa e a 13 de Maio; Rua Dom Aquino, entre a Avenida Calógeras e a Rua 14 de Julho; Rua Sete de Setembro, entre a Padre João Crippa e Rua Pedro Celestino.  Vistoria – Em nota enviada nesta sexta-feira (21), a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) se compromete a reavaliar as vagas para PcDs.  “Serão realizadas vistorias nos locais necessários e prestadas orientações à população. Em casos que demandem fiscalização, a Agetran solicita que os cidadãos entrem em contato com a prefeitura pelos canais de comunicação disponíveis: telefone 156 ou e-mail [email protected], garantindo assim uma resposta rápida e eficiente”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Adicionar aos favoritos o Link permanente.