Caso Massa: primeiras audiências são marcadas

Um ano e meio após iniciar sua batalha judicial pelo título mundial de Fórmula 1 de 2008, a Corte Inglesa agendou as primeiras audiências do caso de Felipe Massa. Entre os dias 28 e 31 de outubro, representantes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), da Formula One Management (FOM) e Bernie Ecclestone estarão presentes para discutir os aspectos legais do processo.

A decisão de Massa de levar a disputa aos tribunais veio após Bernie Ecclestone admitir, em entrevista ao site ‘F1-Insider’, que ele e Max Mosley, então presidente da FIA, souberam da batida proposital de Nelsinho Piquet em Singapura antes do fim da temporada de 2008. Porém, optaram por não agir para “não manchar a imagem” da Fórmula 1.

A defesa do piloto brasileiro argumenta que Massa não foi prejudicado apenas pelo incidente em si, mas também pela omissão deliberada da FIA e da FOM, que, mesmo cientes da manipulação, decidiram não tomar nenhuma atitude.

ATENÇÃO

A Justiça britânica marcou as primeiras audiências do ação judicial de Felipe Massa contra a FIA e Bernie Ecclestone envolvendo o campeonato de 2008.

Elas ocorrerão entre os dias 28 e 31 de outubro de 2025.

Segundo O Globo, Massa quer uma indenização de no… pic.twitter.com/qVpbZZdLDT

— Blog Fórmula 1 (@blog_formula1) February 24, 2025

Massa fala sobre o caso

Em uma nova entrevista, Felipe Massa voltou a falar sobre a polêmica do GP de Singapura de 2008 e a perda do título daquele ano para Lewis Hamilton. O ex-piloto da Ferrari afirmou com convicção que considera a conquista legítima e criticou duramente a manipulação que ocorreu na corrida:

“Posso dizer tranquilamente que ganhei o título de 2008. O que aconteceu foi inaceitável para a Fórmula 1, uma manipulação terrível que não tem nada a ver com esporte.”

Massa relembrou o episódio em que Nelsinho Piquet provocou um acidente deliberado para beneficiar seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, garantindo-lhe a vitória. O brasileiro lamentou a falta de investigação na época e responsabilizou os dirigentes da categoria por não tomarem medidas: “Todos sabiam e poderiam ter investigado, mas não o fizeram. A responsabilidade política é de todos os dirigentes da época, mas optaram por não agir.”

Determinado a buscar justiça, Massa reforçou que continuará lutando para que situações como essa não se repitam no automobilismo: “Fui a principal vítima. Isso não é esporte, e eu não vou desistir.”

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