Pepe: 90 anos de amor e vitórias no Santos

Pepe completa 90 anos.

O futebol brasileiro celebra nesta terça-feira, 25, os 90 anos de José Macia vulgo Pepe, ou o eterno “Canhão da Vila”, que segue sendo um dos maiores ídolos da história do Santos Futebol Clube. Como jogador, foi um dos principais companheiros de Pelé e vestiu apenas duas camisas em toda a sua carreira: a do Santos e a da Seleção Brasileira.

Com um currículo recheado de conquistas, levantou 25 troféus pelo clube da Vila Belmiro, sendo peça-chave na era dourada do Peixe. Além disso, foi bicampeão mundial com a Seleção Brasileira e segue sendo um dos maiores e melhores jogadores que já nasceram em solo brasileiro. Para muitos, é o maior artilheiro e jogador da história do Santos, pois, como ele próprio dizia: “Ele (Pelé) não conta. Ele veio de Saturno, é um ET!”

Pepe, o jogador mais fiel da história do Brasil

O “Canhão da Vila”, é o segundo maior artilheiro da história do Santos com 405 gols pelo Santos. No entanto, Pepe tem uma opinião diferente: “Eu sou o maior artilheiro humano do Santos. Marquei 405 gols, uma ótima marca para um ponta-esquerda. O Pelé fez mais de mil, mas ele não conta. Ele veio de Saturno, é um ET!”

 

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Porém, não só os gols que marcam a carreira de Pepe pelo Peixe, ele também conquistou um recorde que dificilmente será superado: ninguém atuou tantas vezes por um único time no Brasil quanto ele.

Entre os chamados 12 grandes clubes do país, Pepe lidera o ranking de jogadores mais fiéis, com 741 partidas pelo Santos entre 1954 e 1969, à frente de lendas como Nilton Santos (Botafogo) e Fiúme (Palmeiras). Sua trajetória se confunde com a história do próprio Peixe, sendo fundamental nas conquistas nacionais e internacionais do clube.

Ou seja, Pepe supera Pelé em longevidade com a camisa alvinegra, já que o Rei do Futebol encerrou a carreira no New York Cosmos. Por outro lado, o ícone santista, o “Canhão da Vila” segue sendo referência de lealdade, talento e paixão pelo clube.

A história de Pepe

O futebol esteve presente na vida dele desde a infância. Aos sete anos, começou a jogar em equipes do bairro onde morava, como o Comercial FC e o Mota Lima, ao lado do irmão Mário. Mas seu destino foi selado quando o goleiro Cobrinha, seu companheiro no infantil do São Vicente AC, o incentivou a fazer um teste no Santos.

Em 4 de maio de 1951, aos 16 anos, Pepe foi aprovado pelo técnico Salu e iniciou uma forte ligação com o clube alvinegro. Anos depois, relembrando esse momento, ele disse: “O Salu foi o responsável. Me observou num treino do Infantil e mandou fazer minha inscrição. Cheguei em casa e falei: ‘Puxa mãe, sou jogador do Santos! Já fiz minha inscrição e vou poder ver os jogos de graça!’”

A primeira partida profissional de Pepe aconteceu em 23 de maio de 1954, contra o Fluminense, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Pacaembu. Apesar da derrota por 2 a 1, aquele jogo marcava o início de uma trajetória vitoriosa.

Consolidação de Pepe

No ano seguinte, no Campeonato Paulista de 1955, Pepe viveu um dos momentos mais importantes da carreira. Na partida decisiva contra o Taubaté, foi dele o gol do título do segundo estadual da história do Santos. A partir dali, sua estrela nunca mais parou de brilhar.

Durante sua passagem pelo Peixe, conquistou 25 títulos oficiais, incluindo:

  • 11 Campeonatos Paulistas
  • 6 Campeonatos Brasileiros
  • 2 Libertadores
  • 2 Mundiais Interclubes
  • 4 Torneios Rio-São Paulo

Além disso, no Mundial de 1963, Pepe foi peça-chave. Após perder o primeiro jogo para o Milan por 4 a 2, o Santos deu a volta por cima vencendo pelo mesmo placar no segundo duelo, com dois gols de falta de Pepe. No jogo decisivo, um gol de pênalti selou o bicampeonato mundial. Com seu potente chute de perna esquerda, Pepe ganhou o apelido de “Canhão da Vila” e se tornou um dos maiores cobradores de falta da história.

Outro feito marcante foi a conquista do Prêmio Belfort Duarte, concedido apenas a jogadores que nunca foram expulsos na carreira. Pepe jogou mais de 800 partidas entre Santos, Seleção Paulista e Seleção Brasileira sem nunca receber um cartão vermelho.

A carreira como técnico

Pepe iniciou sua trajetória como técnico ainda em 1969, nas categorias de base do Santos. Três anos depois, assumiu o time principal e, em 1973, conquistou o Campeonato Paulista, que também marcou o último título da carreira de Pelé. Teve cinco passagens como treinador do Santos, dirigindo o clube em 371 partidas, tornando-se o terceiro técnico com mais jogos pelo Peixe.

Além do Santos, comandou diversos times e seleções, conquistando títulos importantes, como: o Campeonato Brasileiro de 1986 (São Paulo) e o Campeonato Paulista de 1986 (Inter de Limeira). Ele também treinou clubes como Atlético-MG, São José, Náutico, Al Sadd (Catar), Fortaleza, Portuguesa, Guarani e até a Seleção Peruana.

O legado

Dessa forma, Pepe se tornou um dos maiores ídolos da história do Santos. É o segundo maior artilheiro do clube, com 405 gols, atrás apenas de Pelé, também é o jogador que mais atuou em jogos oficiais pelo Peixe, com 750 partidas. Assim, José Macia não foi apenas um grande jogador e técnico, foi e sempre será um símbolo de lealdade, talento e paixão pelo futebol.


 

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