“Tesão de Padre”: drink polêmico rendeu até xingamentos no Carnaval

Na muvuca do Carnaval da Esplanada Ferroviária, um drink alcoólico e uma estratégia de marketing causaram polêmica entre os foliões de Campo Grande, cidade já conhecida pelo jeitão mais conservador dos moradores. “Tesão de Padre”, vendido por Théo Dedé, de 24 anos, fez provocação e até rendeu xingamentos para os ambulantes. Mas muita gente entrou na onda! Com um amigo vestido de sacerdote e segurando uma plaquinha, a propaganda atingiu o objetivo: antes de vender, eles chamavam a atenção. E como chamavam. “O nome foi pensado justamente para isso. O pessoal vê a placa e já quer tirar foto, já pergunta. Aí, depois, a gente explica que é um drink de vinho, que é o nosso carro-chefe”, explica Théo. A caipirinha, também vendida por ele, não ganhou um nome tão polêmico. “É porque já é potente o suficiente”, relata. “Isso é um absurdo!” – Se teve gente que entrou na onda, também teve quem se sentiu ofendido. “Já ouvimos de tudo. Teve gente dizendo que era uma falta de respeito e que a humanidade estava acabando. A pessoa está no meio do Carnaval, uma festa pagã, e quer pagar de moralista?”, dispara Théo. Os comentários indignados vinham de quem via a plaquinha e torcia o nariz. “Muita gente já chegava de cara fechada, falando ‘isso é um absurdo!’. Mas, sinceramente, acho engraçado como algumas pessoas se incomodam com o nome de um drink enquanto estão na mesma festa onde acontece de tudo”, avalia. A polêmica, claro, só ajudou na divulgação. “O engraçado é que muita gente que reclamava acabava rindo depois, tirando foto e até comprando. Mas sempre tem aqueles que preferem reclamar de tudo”, comenta. Théo confessa que, no primeiro dia, ficou receoso de como seria a recepção. “A gente pensou: será que vão querer bater na gente? Será que vão cancelar? Mas aí começamos a ouvir os trocadilhos e a galera entrou na brincadeira. Muita gente achava que o ‘Tesão de Padre’ era o meu amigo vestido de padre, porque ele era bonitinho”, conta. Com drinks vendidos a R$ 15 (o de vinho) e R$ 10 (a caipirinha), a estratégia funcionou. “Teve gente que falou: ‘Comprei só pelo marketing’. E é isso, a ideia era essa: atrair a curiosidade, fazer a pessoa rir e aí sim apresentar o produto. Se a gente chegasse só oferecendo um ‘geladão de vinho’, ninguém parava para ouvir”, explica Théo. Seja pela polêmica ou pelo sabor, o “Tesão de Padre” deu o que falar no Carnaval campo-grandense. Acompanhe o  Lado B  no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e  Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp  (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News . 
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