Árvores em áreas urbanas também são a solução para combater as “ilhas de calor”

As mudanças climáticas já impactam a rotina das pessoas, independentemente da classe social. Diante do calor extremo, encontrar formas de adaptação é essencial para garantir o bem-estar. Nos centros urbanos, manter áreas arborizadas será determinante para um futuro minimamente saudável. O crescimento das cidades precisa incluir estratégias verdes para evitar as chamadas ilhas de calor, fenômeno típico de áreas com grande concentração de edificações e pavimentação asfáltica. O meteorologista Vinícius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), explica que esse efeito térmico é mais perceptível em Campo Grande e, em menor escala, em Dourados e Três Lagoas. “Quanto maior a concentração urbana, mais sentimos o efeito da ilha de calor. Materiais como concreto e asfalto absorvem calor ao longo do dia e o liberam lentamente à noite. Já em áreas rurais, a diferença de temperatura é perceptível, porque a vegetação dissipa o calor mais rapidamente”, detalha. Além de elevar as temperaturas, esse fenômeno impacta diretamente a saúde da população. Para amenizar os efeitos, soluções simples fazem a diferença, como investir no plantio de árvores e repensar o planejamento urbano. O que podemos fazer ? –  Para o meteorologista, políticas públicas que incentivem a preservação de áreas verdes são fundamentais para minimizar os efeitos do aquecimento global. “A importância de um planejamento urbano sustentável e de políticas públicas que promovam áreas verdes e o uso de materiais adequados para reduzir o impacto térmico nas cidades é um ponto essencial. Além disso, a conscientização da população para o uso consciente dos recursos naturais e do transporte mais sustentável pode ajudar a criar ambientes urbanos mais agradáveis e reduzir os efeitos do aquecimento global”, acredita.;  Vinícius termina dizendo que não tem mais como voltar atrás, o aquecimento global já é uma realidade e precisamos nos adaptar. “No ano de 2024 ultrapassamos o limite do aquecimento global, ao meu ver, acho que a gente tem que se adaptar. Fazer ações que possam reverter o cenário demora, é médio a longo prazo. Então a gente tem que buscar formas de adaptação”, termina. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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