Prefeitura corta benefícios da saúde e servidores temem impacto no atendimento

A recente publicação do decreto municipal nº 16.203/2025, que visa a implementação de medidas de contingenciamento orçamentário, tem gerado preocupação entre servidores da saúde.  Apesar da resposta oficial da Prefeitura, que garante que “nenhum serviço será afetado ou reduzido, tampouco o atendimento ao público será impactado”, há aqueles que afirmam que as mudanças trazem consequências diretas para a prestação de serviços essenciais à população. A principal preocupação está relacionada aos cortes de benefícios, como o pagamento de adicional noturno e de difícil acesso, que são concedidos aos profissionais da saúde que atuam em condições especiais, principalmente nas unidades básicas de saúde (UBS) localizadas em áreas periféricas de Campo Grande. Segundo um leitor do Campo Grande News , que preferiu não se identificar, a cessão desses pagamentos vai impactar diretamente o atendimento.  “Os profissionais que estão em plantão eventual perderão o adicional, considerando que as UBS passarão a encerrar suas atividades às 17h. É perceptível que haverá falta de médicos trabalhando nas unidades de pronto atendimento (CRS) e nas UPAs no período noturno. Em contrapartida, a demanda continuará a aumentar”, afirmou o leitor. Além disso, ele ressaltou que há uma incerteza nas unidades de saúde, onde os responsáveis técnicos aguardam um posicionamento claro dos diretores sobre como os serviços serão reorganizados.  “Estamos esperando uma resposta dos diretores, mas muitos têm dúvidas sobre como isso será administrado”, completou. Decreto – O documento assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP), estabelece uma série de medidas de contenção de despesas no âmbito da administração municipal.  Entre as determinações, destaca-se a redução de custos operacionais, com a restrição de gastos com serviços terceirizados, diárias e, principalmente, a suspensão de benefícios como o adicional noturno e o de difícil acesso, exceto para servidores que ocupam cargos ou funções que exijam o cumprimento de escalas de serviço nesse horário. O decreto estabelece ainda a renegociação de contratos e a reavaliação dos custos com insumos e serviços terceirizados, com a expectativa de gerar uma economia significativa para o município até 30 de junho de 2025.  A Prefeitura também garantiu que acompanhará os resultados dessas medidas bimestralmente, para avaliar a necessidade de ajustes, mas a falta de clareza sobre o impacto nas atividades da saúde tem gerado um clima de incerteza entre os profissionais que atuam nas unidades de atendimento. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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