Prefeitura entrega últimas casas para vítimas de incêndio na Comunidade Mandela

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), entregou nesta segunda-feira (10) as 24 últimas casas destinadas a 36 famílias da Comunidade Mandela, vítimas de um incêndio em novembro de 2023. As moradias populares foram construídas no loteamento Iguatemi II, na região do bairro Nova Lima. As casas contam com dois quartos, sala com cozinha conjugada e banheiro. Já as moradias destinadas a solteiros têm um quarto a menos. Os lotes possuem 10 metros por 20 metros, e cada família beneficiará pagará parcelas de R$ 185,00 ao longo de 360 meses. Essa entrega encerra a distribuição de moradias para as famílias da Comunidade Mandela, que foram realocadas em cinco localidades: José Tavares (44 famílias), Talismã (32 famílias), Iguatemi I (38 famílias), Iguatemi II (36 famílias) e Oscar Salazar (31 famílias), totalizando 181 famílias atendidas. Entre os contemplados está o aposentado Luiz Henrique dos Santos, de 66 anos, que perdeu tudo no incêndio. Ele já estava cadastrado na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), mas, devido à tragédia, teve prioridade. Após um ano e três meses de espera, a entrega da casa coincidiu com seu aniversário. “Foi um presente de Deus”, celebrou Luiz, que completa 67 anos nesta terça-feira (11). Sem ter completado a mobília, Luiz levará apenas uma televisão e um colchão para a nova casa, mas se diz satisfeito. “É muito bom ter um lar nosso. Apesar do sofrimento, Deus nos abençoou”, afirmou. A diarista Kellen Damiana Alves, de 33 anos, também recebeu uma moradia após seis anos de espera. Enquanto aguardava, morou com um ex-namorado e depois na casa da mãe. “No início, recebemos R$ 500 para aluguel por três meses, depois tivemos que procurar abrigo com parentes”, contou. Agora, já com as chaves, ela irá morar com seus cinco filhos e busca escola para eles. “É maravilhoso ter uma casa própria”, comemorou. Outra beneficiada é a dona de casa Zilmara Ana dos Santos, de 26 anos, que perdeu tudo no incêndio, inclusive documentos. Ela já estava cadastrada na Emha antes da tragédia e recebeu uma casa de casal. “Na época, morava na favela sem filhos. Depois engravidei e consegui uma casa maior”, explicou. Zilmara recordou que, quando vivia na comunidade, perdeu um filho devido a problemas respiratórios agravados pelas condições insalubres. Agora, morando em sua nova casa, ela planeja trabalhar assim que seu filho se adaptar à creche. “É uma nova vida, estou muito feliz e agradecida”, disse. Última entrega –  Durante a entrega oficial, o diretor-presidente da Emha, Cláudio Marques, destacou que a entrega das últimas moradias encerra um ciclo de atendimento às famílias atingidas pelo incêndio.  “Hoje, todas as famílias aptas a receber uma unidade habitacional estão recebendo. Encerramos esse ciclo e, além de ser um dia de comemoração, também é um dia de reflexão. Na favela, vivíamos uma situação insalubre, com esgoto a céu aberto, sem rede de água, sem energia, com ligações clandestinas que representavam riscos”, disse o diretor-presidente da Emha.  A prefeita Adriane Lopes agradeceu o apoio do secretariado, da Câmara Municipal, representada pelo presidente, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), e a paciência dos moradores durante o processo de construção das casas, que contou com um investimento de R$ 15 milhões da Prefeitura. “Nosso desejo é que todos sejam felizes no novo lar e aproveitem essa nova oportunidade”, declarou. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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