Caso Vitória: “Não existe investigação contra o pai”, diz polícia

Oficialmente, o pai de Vitória, Carlos Alberto, não foi considerado suspeitoReprodução/redes sociais/Record

A polícia descartou a participação do pai de Vitória Regina como suspeito pela morte da filha. A informação foi dada pela equipe de investigação na tarde desta segunda-feira (10), em coletiva de imprensa para atualizar as informações do caso.

Segundo Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), o pai, Carlos Alberto Souza, foi investigado no início das apurações, mas não se verificou nada que pudesse indicar sua participação.

Durante a coletiva, o diretor explicou que em casos de homicídio é normal que se investiguem todas as pessoas próximas da vítima. “Naquele momento o pai da vítima também foi investigado. A partir do momento em que foram dirimidas as diligências, de imediato se descartou qualquer envolvimento dele nesse crime”, disse.

Possível cativeiro encontrado

Vitória teria sido morta em um possível cativeiro, segundo a políciaReprodução

Carmo revelou que o local do possível cativeiro em que a jovem foi mantida antes de ser assassinada vai passar por perícia. Ele reafirmou que as provas mais contundentes apontam para Maicol Sales dos Santos, homem que teve a prisão temporária decretada no sábado (8). O suspeito passou por audiência de custódia no domingo (9), e foi mantido preso. 

Maicol é dono do Toyota Corolla, carro que foi visto na cena do crime, em Cajamar (SP). “No veículo Corolla tivemos a constatação de sangue no porta-malas e tudo leva crer que pode ser da vítima. Já foi encaminhado para o exame de DNA”, explicou o diretor.

O exame demora de 30 a 40 dias e está sendo apressado por ser importante para a investigação. O policial conta que há provas testemunhais contra Maicol, que “não deixam dúvida que ele estava no local”, e também há o depoimento da esposa, de que ele mentiu quando disse que tinha dormido com ela. Para ela, o homem disse que tinha ido dormir na casa da mãe.

Ainda segundo o diretor, os vizinhos comentaram que houve movimentação anormal na casa do rapaz naquela noite, com gritos, além de terem havido ameaças contra algumas testemunhas para mudarem sua versão. 

“A prisão temporária é para que façamos a colheita de provas com mais profundidade. Estamos fazendo a colheita dos dados telemáticos de dez aparelhos celulares, que já foi autorizada pela Justiça”, explicou o agente.

Outros suspeitos

Carmo informou que dois outros investigados continuam sendo monitorados pela polícia. Ele explicou que a prisão de Daniel Lucas Pereira foi solicitada, mas a justiça negou, alegando a necessidade de mais provas. Daniel segue sob investigação, pois no celular apreendido foram encontradas imagens feitas por ele no local onde a vítima desceu, até a residência dela, gravadas dias antes do crime. 

O diretor apontou que isso pode ser uma filmagem preparando o local para o sequestro. O policial também destacou que ainda é necessário localizar o celular da vítima, o que pode ajudar a esclarecer o crime.

Segundo a polícia, o ex-namorado de Vitória e outros dois homens são investigados por participação no crime. O “cerco” se fechou entre Gustavo Vinícius Moraes (ex-namorado da vítima), Maicol Sales dos Santos (proprietário do carro visto seguindo Vitória) e Daniel Lucas Pereira, amigo da vítima.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.