Justiça converte em preventiva prisão de empresário suspeito de dar suporte a assassino de dono de oficina em Monte Alegre


O empresário teria dado suporte ao executor do homicídio de Romário Rodrigues Fernandes, fornecendo abrigo e facilitando a fuga após a prática criminosa. Crime foi cometido na frente da oficina que fica localizada na saída de Monte Alegre
Redes Sociais/Reprodução
O juiz Vilmar Durval Macêdo Júnior, da Vara Única de Monte Alegre, oeste do Pará, converteu em preventiva a prisão em flagrante de um empresário do ramo de calçados, suspeito de dar suporte logístico para o assassino de Romário Rodrigues Fernandes, de 31 anos, que era proprietário de oficina mecânica localizada na saída do município. O crime aconteceu na tarde do dia 20 de novembro de 2024.
Romário Rodrigues foi executado por disparos de arma de fogo na área do estacionamento da oficina. O executor fugiu do local usando uma motocicleta, que de acordo com as investigações, pertence ao empresário Antônio Alves de André.
✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp
Conforme as investigações realizadas pela Polícia Civil de Monte Alegre, o crime que vitimou Romário Rodrigues foi cuidadosamente planejado, contando com apoio logístico e a participação ativa do empresário. Ele teria dado suporte ao executor do homicídio, fornecendo abrigo e facilitando sua fuga após a prática criminosa.
De acordo com a polícia, a motocicleta que é de propriedade do empresário Antônio Alves de André, estava na residência dele, reforçando seu envolvimento direto com a execução do crime de homicídio. Além disso, o empresário teria se recusado a fornecer as imagens da câmera de segurança de sua residência, alegando que os equipamentos estavam inoperantes. Porém, a Polícia Civil descobriu, posteriormente, que as câmeras foram desligadas, com a intenção de ocultar provas.
Ainda de acordo com a polícia, o empresário prestou versões contraditórias em seus depoimentos, afirmando inicialmente que emprestou a motocicleta a pedido de Gilson, enquanto Gilson declarou que o pedido partiu de outro investigado, identificado como Paulo César.
A vítima Romário Rodrigues Fernandes
Redes Sociais/Reprodução
Todas as informações levantadas pela Polícia Civil no curso das investigações, que apontam o envolvimento do empresário no crime, foram levadas em consideração pelo juiz para a conversão da prisão em flagrante em preventiva.
“A reiteração criminosa não pode ser descartada, pois Antônio tentou dissimular sua participação, ocultando provas e mentindo para a polícia. Ao permanecer em silêncio por longo período e só recentemente reconhecer fotograficamente os demais envolvidos, demonstrou intenção de dificultar as investigações. Ademais, o custodiado recebeu quatro pessoas desconhecidas em sua residência, conduta atípica que sugere tentativa de ocultar provas ou conluio com outros envolvidos. Diante dos elementos apurados e da manifesta necessidade de garantia da ordem pública, bem como da conveniência da instrução criminal, torna-se imperiosa a conversão da prisão em flagrante de Antônio Alves de André em prisão preventiva”, observou o juiz Vilmar Durval Macêdo Júnior.
À esposa do empresário, que também tinha sido presa, foi concedida a liberdade provisória, sem fiança, mediante o cumprimento de medidas cautelares:
1) Obrigação de manter o endereço atualizado perante o juízo;
2) o comparecimento mensal ao Juízo para informar e justificar suas atividades;
3) proibição de frequentar bares, boates e congêneres;
4) a proibição de ausentar-se da Comarca, sem autorização do juízo, por mais de 30 (trinta) dias;
5) proibição de mudar de endereço sem previa comunicação ao juízo;
6) recolhimento domiciliar noturno após às 22 horas; VII) proibição de vir a cometer qualquer outro tipo de ilícito, sob pena de descumprindo as medidas, ser revogada a liberdade provisória.
VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região
Adicionar aos favoritos o Link permanente.