Líder de facção é preso após fazer harmonização facial no Rio

Um homem apontado pela polícia como líder da facção Terceiro Comando Puro (TCP) foi preso na quinta-feira, 13, quando saía de uma clínica após fazer harmonização para mudar o rosto, no Rio. A prisão foi efetuada durante a megaoperação Espoliador, realizada em todo o Estado do Rio de Janeiro para prender foragidos da Justiça. Conforme a polícia, Luiz Carlos de Lomba, o “Chocolate”, tinha o papel de “químico” da facção, avaliando a qualidade da cocaína produzida pelo grupo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Lomba.Conforme a Polícia Civil do Estado do Rio, o homem preso é apontado como um dos três pilares da hierarquia do TCP no Complexo da Maré, conjunto de comunidades da capital fluminense. Ele avaliava ou reprovava a pureza e qualidade da droga antes de ser comercializada. Atualmente, ele não atuava mais presencialmente, trabalhando em esquema de home office para a facção, segundo a pasta.

‘Chocolate’ é apontado pela Polícia Civil como um dos três principais líderes da facção TCP, que atua no Estado; ele foi preso na operação Espoliador

|  Foto:
PCERJ/Divulgação

No momento da captura, “Chocolate” passava por uma consulta de avaliação de um procedimento estético. Ele havia feito uma harmonização facial com o objetivo de alterar sua aparência e despistar a polícia para não ser preso. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pela Justiça em 2024 pelos crimes de associação criminosa e roubo.Ainda segundo a polícia do Rio, Lomba é investigado em, pelo menos, 35 procedimentos criminais. “Chocolate” forma o que a polícia chama de tripé da facção, ao lado de outros comparsas conhecidos como “Bill” e “Mangolé”.Mais de 400 presosA operação mobilizou 700 policiais civis dos departamentos gerais da capital, da Baixada Fluminense e do interior, além de equipes especializadas. Até as 10 horas da manhã, 448 suspeitos tinham sido presos, entre eles “Chocolate”. Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça em inquéritos que investigam roubos fomentados por narcotraficantes.Segundo a pasta, os grupos criminosos não somente realizam a venda de drogas em comunidades, como exploram o território, emprestam armas e auxiliam no processo logístico para outros crimes, como roubos de cargas, de veículos, a transeuntes, residências, instituições financeiras e estabelecimentos comerciais. Os recursos oriundos das atividades ilícitas financiam a “caixinha” das quadrilhas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.