Previdência privada chega a R$ 1,6 trilhão no Brasil e especialista explica as melhores opções

Com o aumento da idade mínima para aposentadoria, a previdência privada surge como alternativa para complementar o INSS. Segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a previdência privada tinha R$ 1,6 trilhão em ativos em janeiro de 2025, o equivalente a 13,4% do PIB brasileiro.

pilhas de moedas em ordem aumentativa indicando investimentos como previdência privada

Previdência privada pode funcionar como complemento em aposentadoria – Foto: Freepik/ND

Até 2031, a aposentadoria por idade será limitada aos 65 anos para homens e 62 para mulheres. Em janeiro, 11,2 milhões de pessoas, equivalente a 7% da população com 18 anos ou mais, já aplicavam na modalidade.

Previdência privada oferece vantagens fiscais e sucessórias

Como uma alternativa ao INSS, que enfrenta desafios crescentes devido às mudanças demográficas no Brasil, a previdência privada oferece benefícios que vão desde rentabilidade competitiva até vantagens fiscais e sucessórias.

agência da previdência social

Idade mínima para aposentadoria tem cronograma progressivo até 2031 – Foto: José Cruz/Agência Brasil/ND

Flávia Michels, analista de produtos e negócios de cooperativa de crédito, afirma que investir em previdência privada é essencial para quem busca estabilidade financeira a longo prazo, visto dificuldades possíveis do INSS. Segundo Flávia, pelo fato de a Previdência Privada ser um investimento a longo prazo, a grande vantagem está em capitalizar o investidor mais pela rentabilidade, do que pelos depósitos em si.

“Se uma pessoa começar a investir R$ 50 reais mensais aos 18anos, quando estiver com 65 anos terá um capital acumulado de R$ 253 mil, sendo R$ 28 mil de contribuição e R$ 225 mil de rentabilidade”, exemplifica.

De acordo com a analista, um dos principais atrativos da previdência privada é a possibilidade de personalizar o acesso aos recursos, seja por resgate total ou em benefícios mensais, conforme o regulamento do plano escolhido.

“Além disso, é possível optar por prazos variados para o resgate, que podem atender a diferentes perfis de planejamento financeiro. O investidor pode escolher a forma que quer receber, determinando em anos, ou em expectativa de vida”, diz Flávia.

Idosos abraçados prestando atenção em homem com roupa social que fala

Especialista afirma que investir em previdência privada é essencial para quem busca estabilidade financeira a longo prazo – Foto: Freepik/ND

Ao entrar em contato com gerentes de contas ou plataformas de instituições financeiras para contratar um plano de previdência, Flávia alerta que é importante ficar atento aos cálculos de dedução fiscal, os impostos gerados e os rendimentos. “O ideal é ter a assessoria de um gerente de contas, para determinar o melhor formato de contratação”, recomenda.

Na contratação é possível personalizar o acesso aos recursos, seja por resgate total ou em benefícios mensais. Além disso, é possível optar por prazos variados para o resgate, que podem atender a diferentes perfis de planejamento financeiro.

Planejamento sucessório em caso de falecimento

Escolher a previdência privada também pode ser uma ferramenta estratégica para planejamento sucessório. Em caso de falecimento do contribuinte, os beneficiários legais podem receber o fundo sem necessidade de inventário, reduzindo custos e burocracias.

“Pelo fato de a previdência privada não entrar em inventário, muitas pessoas mais velhas a utilizam para distribuição de bens entre familiares, aproveitando o imposto menor e já deixando aprovisionado o valor necessário para a transferência de bens”, detalha a analista.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.