Mesmo com sucessos, Apple TV+ opera no vermelho e gera prejuízo bilionário

A Apple TV+ está operando com prejuízo anual de mais de US$ 1 bilhão, de acordo com novas informações divulgadas pelo The Information. Apesar dos investimentos pesados em produções originais e do prestígio de séries como Ted Lasso (2020), Ruptura (2022) e The Morning Show (2019), a plataforma ainda luta para se consolidar entre os grandes concorrentes do setor.

Desde seu lançamento em 2019, a Apple TV+ apostou na estratégia de produções premium e exclusivas, com um orçamento anual de US$ 5 bilhões para conteúdo original, reduzido recentemente para US$ 4,5 bilhões. Entretanto, os números mostram que o serviço ainda não consegue competir diretamente com as gigantes do streaming.

Atualmente, a Apple TV+ possui cerca de 45 milhões de assinantes, um número modesto diante dos 302 milhões da Netflix e dos 150 milhões do Disney+. Além disso, a plataforma detém menos de 1% da audiência mensal do streaming nos Estados Unidos, enquanto a Netflix lidera com 8,2%.

Especialistas apontam que a Apple nunca tratou o Apple TV+ como uma ferramenta para liderar o streaming, mas sim como um complemento ao seu ecossistema de serviços e produtos. O foco da empresa está na retenção de usuários dentro de sua plataforma, aumentando a atratividade do Apple One, pacote que reúne Apple TV+, Apple Music, iCloud e outros serviços da marca.

Durante uma conferência recente, o CEO da Apple, Tim Cook, revelou que as produções do serviço de streaming ganharam mais de 2,500 indicações e 538 prêmios. Estima-se que Ruptura teria rendido para a plataforma, mais de US$ 200 milhões, conforme a Parrot Analytics.

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