Grupo invade terreno no Rita Vieira, “batiza” lotes e deixa vizinhança em pânico

Grupo de 50 pessoas, com adultos e crianças, tentou invadir área pública no Bairro Rita Vieira, região com acentuada expansão imobiliária em Campo Grande. O terreno, tomado por mata, fica na Rua Nair Dobes, perto do Residencial Chopin. A informação de quem reside na região é de que se trata de área da União. A movimentação do grupo foi no começo da tarde deste sábado (dia 22), deixando os moradores alarmados. Os lotes chegaram a ser marcados com fita zebrada e a identificação dos futuros ocupantes escrita em pedaço de papelão. Haviam nomes como Carla, Dhienery, Lorenzo, Luiz, Gleskely. Contudo, as pessoas foram embora com a chegada da polícia.  No local, estavam cinco viaturas da PM (Polícia Militar), uma do Batalhão de Choque da PM, uma da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e duas motocicletas da guarda.  “O pessoal que mora na região chamou a polícia porque eles já estavam demarcando para ocupar. Mas conversando com a nossa equipe, decidiram ir embora, sem precisar do uso da força”, afirma o tenente Carlos Roa. Os moradores do entorno do terreno conversaram com a reportagem, mas não quiseram se identificar. Chegaram numa van e carros. Todos juntos. De manhã, tinham passado e só olhado. Mas voltaram com mais gente e demarcando. Desse jeito é muito fácil. Moro aqui há mais de 10 anos e ainda estou pagando. Depois que asfaltou, a região valorizou muito. Um terreno custa de R$ 200 mil a R$ 250 mil. E é gente que não precisa, tinha até carrão”, diz funcionário público de 50 anos. Dona de casa de 63 anos relata que já houve outras tentativas de invasão. “Mas dessa vez foi mais organizado. Chegaram de uma vez, em van alugada de empresa”.  A tentativa de ocupação também foi acompanhada por um fiscal uniformizado da Semades (Secretário de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável), que trazia no colete o antigo nome da pasta: Semadur.  Contudo, morador afirma que é área federal, onde ficavam os trilhos da ferrovia. “Quando solicitamos a limpeza do local à prefeitura, nos respondem que não podem fazer por ser uma área federal. Então, toda vez temos que contratarmos um trator para poder realizar a limpeza do mato”. O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Tiago Botelho, disse que irá averiguar a propriedade da área, pois, pode estar sob responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), caso tenha sido usada como passagem dos trilhos. A reportagem entrou em contato com a administração municipal para saber se área é da prefeitura. Mas só na segunda-feira a informação poderá ser verificada no setor responsável.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Adicionar aos favoritos o Link permanente.