Red Bull trocará pilotos na F1 e vai errar novamente

Pit stop da Red Bull durante GP da China

Desde a saída de Daniel Ricciardo da Red Bull ao fim da temporada de 2018, a equipe taurina enfrenta uma espécie de maldição em seu segundo carro. Vários pilotos passaram pelo assento – Pierre Gasly, Alexander Albon, Sergio Pérez e, agora, Liam Lawson –, mas nenhum conseguiu se firmar. Três deles foram dispensados, e o último parece estar à beira do mesmo destino.

Mas será que todos eram maus pilotos? A resposta é clara: não. Albon se destaca na Williams, liderando o projeto da equipe. Gasly subiu ao pódio e venceu corrida após ser rebaixado para a, à época, AlphaTauri e foi contratado pela Alpine. Pérez, antes de chegar à Red Bull, já tinha um currículo sólido na F1, bem diferente da imagem que construiu nos últimos anos na equipe.

A realidade é que a Red Bull provavelmente trocará Lawson por Yuki Tsunoda, depois o japonês por Isack Hadjar ou Arvid Lindblad, e o problema continuará o mesmo. A dirigibilidade complicada do carro, a pressão extrema imposta por Helmut Marko e pela própria equipe, além da difícil comparação com o tetracampeão Max Verstappen, tornam estar no segundo assento um desafio quase impossível.

 

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Além disso, a equipe cometeu um erro óbvio de julgamento ao ignorar Carlos Sainz, que passou meses disponível no mercado e acabou assinando com a Williams – uma gigante histórica, mas com dificuldades financeiras. A chegada do espanhol poderia ter solucionado de vez os problemas do segundo carro da Red Bull.

Outro ponto crítico é a discrepância no tratamento dos pilotos. Enquanto Sergio Pérez foi mantido na equipe mesmo diante de críticas e desempenhos irregulares, os jovens do Red Bull Junior Team não recebem a mesma paciência. Naturalmente, eles precisam de mais tempo para se adaptar ao carro e ao nível de exigência de lutar por títulos, vitórias e pódios.

Se Gasly ou Albon tivessem recebido o mesmo tempo que Pérez teve, onde estariam hoje? É inegável que o mexicano foi essencial no primeiro título mundial de Verstappen. No entanto, seus três anos seguintes foram tão ruins quanto – ou até piores – do que os primeiros anos de Gasly e Albon na equipe. E, diferentemente deles, Pérez não era um jovem piloto em desenvolvimento.

 

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A conclusão é que, independentemente da decisão da Red Bull sobre a permanência de Liam Lawson, mesmo que Tsunoda entregue uma melhora imediata, o problema continuará o mesmo a longo prazo. A equipe precisa olhar para dentro e definir um caminho claro, acreditando no processo e no potencial do piloto escolhido. Além disso, é essencial analisar as características do próprio carro, que parece um desafio para qualquer piloto que não tenha o talento e a capacidade de Max Verstappen – ou seja, neste momento, todos os outros do grid.


 

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