Assalto contra turistas mineiros na Serra foi tramado por dona da casa, diz polícia

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– Divulgação / PCES

A polícia prendeu cinco pessoas suspeitas de envolvimento em uma tentativa de latrocínio ocorrida em julho do ano passado, no bairro Parque Jacaraípe, na Serra. Na ocasião, dois criminosos invadiram uma casa, onde estava um grupo de turistas de Minas Gerais, e exigiram que as vítimas fizessem transferências via Pix. As vítimas foram agredidas, um homem foi baleado na perna e um bebê, de apenas 6 meses de vida, chegou a ser jogado no chão após os bandidos tentarem sequestrar a criança. Os criminosos conseguiram roubar um celular.Durante as investigações, conduzidas pelo Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic), a Polícia Civil descobriu que a dona da casa onde os turistas se hospedaram teve participação no crime — que foi denominado pela própria polícia como “trama do terror”.

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Segundo as investigações, os mentores intelectuais foram os irmãos Gabriel Ferreira Adão e Jhonatas Ferreira Adão, vulgo “Jhony”. Eles foram presos poucos dias após o a tentativa de latrocínio.Ainda de acordo com a Polícia Civil, a dona da residência onde estavam os turistas mineiros, identificada como Elisângela Muniz da Silva, a “Loira”, que na época dos fatos se apresentou como vítima, atuou como intermediadora entre os mentores e os executores do crime. Na época, ela chegou a dar entrevista à reportagem da TV Tribuna, relatando o ocorrido. No entanto, o fato dela não ter sido agredida nem ter tido nenhum bem levado chamou a atenção da polícia.”A gente qualificou como ‘a trama do terror’. Essa dona da casa, a Elisângela, que cedeu o espaço para os turistas mineiros virem aqui ao Estado para curtir a praia, foi tratada inicialmente como vítima, mas sua versão não estava condizente com a realidade dos fatos. Todo mundo levou uma coronhada, todo mundo estava amarrado, menos ela. O celular de todos foram subtraídos, menos o dela. Então essas versões indicaram à polícia que, no mínimo, ela seria uma suspeita”, ressaltou o chefe do Deic, delegado Gabriel Monteiro.As investigações apontaram ainda que a suspeita foi quem teve a ideia de os executores do crime, identificados como David Lopes da Silva, vulgo “DL”, e Valclides Pessoa da Silva, vulgo “Val”, sequestrarem a criança que estava na residência, na intenção de obter mais dinheiro por parte das vítimas.”Eles exigiram, a todo momento, a transferência via Pix. Porém, não conseguindo, tentaram levar a criança de 6 meses, para realizarem uma pressão maior nas vitimas, mas não deu certo”, frisou Gabriel Monteiro.

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Mesmo tendo sido amarrado pelos criminosos, o pai da criança conseguiu impedir que o bebê fosse levado. Por causa da reação, ele foi baleado na perna.Um amigo da vítima, que também havia vindo ao Espírito Santo passar férias, chegou a correr atrás dos bandidos, mas foi agredido com uma pedrada na cabeça. Por causa do ferimento, ele precisou ser socorrido e levado para o hospital Jayme dos Santos Neves.Os criminosos fugiram com o carro das vítimas. No entanto, o veículo apresentou defeito e foi abandonado no meio do caminho.Ainda de acordo com a polícia, a dupla que executou o crime ainda tentou matar um vigilante, que abordou os suspeitos após eles deixarem o veículo e, por pouco, não foi baleado.”Estão todos presos preventivamente. Vão responder por tentativa de latrocínio, roubo circunstanciado, e o Valclides e o David, por tentativa de homicídio contra o vigilante. No momento em que ele saía da residência, o carro quebrou e eles se depararam com o vigilante, que foi ate eles para saber o que estava acontecendo. E o Valclides, sem nenhuma reação do vigilante, tentou efetuar um disparo contra ele. A arma mascou, o vigilante correu e, mesmo de costas, o Valclides ainda realiza dois disparos de arma de fogo contra o vigilante, que, por muita sorte, não foi alvejado”, contou o delegado.

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