Teutônia recebe recebe exposição sobre os 200 anos da imigração alemã no Brasil

Raízes, saudade e esperança. Essas palavras acompanham a trajetória dos milhares de imigrantes de Língua Alemã que deixaram sua terra natal para recomeçar do outro lado do Atlântico. Mais do que uma mudança geográfica, essa jornada representou a busca por um novo lar, onde cultura, tradição e identidade se entrelaçaram na construção da história brasileira.

Essa história está retratada na exposição “Jornada para o Brasil: História das migrações de povos de Língua Alemã”, aberta ao público entre os dias 24 e 31 de março, nas dependências do Colégio Teutônia. A mostra é organizada por Daniela Rothfuss e realizada pelo Instituto Martius Staden, com curadoria do professor Martin N. Dreher.

A exposição apresenta um panorama dos 200 anos de imigração continuada de migrantes falantes de Língua Alemã, tanto do alemão padrão quanto de seus dialetos, no Brasil. Composta por banners e livreto, também disponibilizado em formato digital, a mostra revisita os relatos, desafios e conquistas dos primeiros imigrantes, destacando sua influência na cultura e sociedade brasileira.

A professora de Língua Alemã do CT, Angelita Lohmann, enfatiza a relevância da iniciativa: “Proporcionar aos estudantes o contato com história e cultura alemã além da sala de aula, por meio da experiência de visitar uma exposição grande e importante como esta, amplia os horizontes dos educandos.”

Exposição colonização alemã teutônia (3)

Um olhar sobre a imigração

A exposição percorre diferentes períodos históricos, abordando os motivos que levaram milhares de pessoas a deixarem a Alemanha e a se estabelecerem no Brasil. Com um recorte detalhado sobre os séculos XIX e XX, a mostra retrata os primeiros alemães que pisaram em solo brasileiro, sua adaptação e a forma como contribuíram para o desenvolvimento do país.

Os personagens retratados são, em sua maioria, pessoas comuns: famílias numerosas, crianças de pés descalços, trabalhadores que construíram novas vidas em terras distantes, sem nunca esquecerem suas origens. A curadoria de Martin Dreher reuniu registros e pesquisas que permitem ao público compreender o impacto dessa imigração.

Exposição colonização alemã teutônia (2)

Um compromisso com a memória

A iniciativa de trazer essa exposição para o CT reforça a importância da preservação histórica. “Há alguns anos temos reservado exposições do Goethe Institut, geralmente em Alemão e para a Semana da Língua Alemã. Mas para os festejos dos 200 anos da imigração alemã no Brasil, este ano conseguimos reservar, junto ao Consulado, esta exposição específica sobre imigração”, explica Angelita, acrescentando que possivelmente outra exposição será trazida para a Semana da Língua Alemã no CT, que ocorre de 25 de maio a 08 de junho.

A exposição está aberta à comunidade e conta com atividades direcionadas aos estudantes do CT. Os professores do Colégio Teutônia também estão conduzindo suas turmas para visitações guiadas, promovendo um aprendizado mais dinâmico e envolvente.

Para Angelita, a imersão nesse conteúdo tem um impacto significativo na forma como os jovens enxergam suas próprias histórias. “Conhecer para valorizar. As intempéries pelas quais os primeiros imigrantes passaram acabaram moldando a gente que vive aqui. Reconhecer e respeitar isso nos torna mais conscientes de quem somos”, conclui.

Ao fim do período expositivo no CT, o material será devolvido ao Consulado da Alemanha em Porto Alegre, representado pelo Cônsul Marc Bogdahn, uma das entidades parceiras da iniciativa.

Mais do que uma mostra histórica, “Jornada para o Brasil” é um convite à reflexão sobre identidade, pertencimento e memória. Uma viagem no tempo que permite aos visitantes compreender as raízes que ajudaram a construir o presente.

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