ES já tem 268 mil mulheres motociclistas

Cecília Lorete e Karoliny Hammer dizem que a moto facilita a vida das mulheres, em deslocamentos diários para estudar, trabalhar e se divertir

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Leone Iglesias/AT

Seja como opção de mobilidade, fonte de renda ou até mesmo por lazer, mais mulheres têm assumido o guidão de motos no Estado.Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) e da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) apontam um salto no número de mulheres habilitadas na categoria A ou ACC (autorização para conduzir ciclomotor) nos últimos anos.Enquanto em 2015, elas eram 155 mil, representando 21% dos habilitados nas categorias, em 2025, elas chegam a 268.407, o que já representa 27% das habilitações para pilotar as motos.Um levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) também aponta o crescimento de 65,8%, em nível nacional no número de mulheres habilitadas em uma década.A faixa etária com maior número de habilitações – tanto de homens quanto de mulheres – é de 31 a 40 anos.A coordenadora de Operações de Fiscalização do Detran-ES, Flávia Jordane, destacou o crescimento do número de habilitadas para pilotar as motos. Disse, ainda, que a percepção que se tem hoje é que a condutora, de forma geral, é mais cautelosa e atenta no trânsito, o que resulta em menos infrações e menos acidentes com elas.“O público feminino tem acompanhado esse fluxo da mobilidade urbana, em que todos querem chegar mais rápido e buscam praticidade”.A motociclista e organizadora do Passeio da Lua, Karoliny Hammer, afirmou que é perceptível o aumento de mulheres que têm optado pelas motos, tanto para deslocamentos diários, quanto para lazer.“Hoje temos marcas de motos mais leves, em que as mulheres acabam se sentindo seguras de começarem a andar de motos”.A consultora de vendas e motociclista Cecília Lorete também revelou que o crescimento da busca de motos pelas mulheres é reflexo da maior autonomia que elas têm para trabalhar, estudar e exercer suas atividades. “A moto acaba sendo mais prática”.O coordenador do Fórum Permanente Estadual e do Motoclube Bodes do Asfalto, Wilson Fly, também afirmou que o aumento de mulheres motociclistas quebra, aos poucos, paradigmas. “Atualmente, temos muitas mulheres usando motos como meio de transporte e também como forma de lazer, fazendo viagens não só pelo País, mas também internacionais”.
Aumento73% foi o aumento de mulheres habilitadas em 10 anos no Estado.27% é o que representam as mulheres entre todos habilitados na categoria A.31 a 40 anos é a faixa etária com maior número de habilitações.

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