Sorriso: após ação do MP prefeito cria comissão de reestruturação obstétrica

O prefeito Alei Fernandes (União) confirmou, hoje, em entrevista coletiva, que a secretaria de Saúde está estruturando comissão para criar o plano de reestruturação da oferta do serviço de obstetrícia pelo hospital regional. A medida atende a ordem da justiça da 4ª Vara Cível, que atendeu pedido do ministério Público Estadual, publicada nesta quarta-feira, para que o município, e também o Estado e Ipiranga do Norte (165 km de Sinop), apresentem, em 120 dias, em audiência pública, medidas visando garantir atendimento adequado e humanizado às gestantes e reduzir a mortalidade infantil. “A gente sabe da gravidade que isso tem, do tanto que isso é necessário que seja tomado algumas providências”, afirmou.

Alei também declarou que, a partir do 2º semestre, há a possibilidade do projeto de criação de uma maternidade pública sair do papel, mas admitiu que ainda não há recursos para obras. “Dotação orçamentária talvez possa não ter, mas a gente tem remanejamento, a gente pode trabalhar, a gente pode buscar recursos fora. Eu tenho caminhado bastante, viajado, a Brasília, a Cuiabá, em busca de recursos para incrementar o nosso orçamento, para a gente poder então fazer a entrega dessas ações que a gente quer. A gente já tem sinalizado aí, a nível de Brasília, alguma coisa nesse sentido, então estamos fazendo as tratativas documentais para que a gente possa ter êxito”, projetou.

A secretária de Saúde de Ipiranga do Norte, Lucimar Bonfim, afirmou, ao Só Notícias, que o município está avaliando a decisão judicial e não descarta uma parceria com Sorriso para construção da maternidade. “A gente tá vendo como a gente vai fazer certinho, se a gente vai comprar esse serviço, se a gente vai recorrer a essa decisão deles porque o nosso município como é pequeno, a gente tomar uma decisão dessa, em 120 dias, sem um planejamento para essa pasta, fica bem complicado”, esclareceu.

O Hospital Regional de Sorriso atua como referência no atendimento de gestantes de alto risco de 35 municípios e realiza cerca de 180 partos por mês. A secretaria estadual de Saúde, em nota, informou que, “diante das recentes denúncias, foi implementada uma equipe de investigação de óbitos e uma auditoria sob os serviços da empresa responsável pela assistência obstétrica da unidade. Além disso, a SES notificou a empresa para que sejam substituídos os profissionais envolvidos, até que haja a elucidação dos fatos”.

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