Comportamento: jantar sozinho; tabu ou tendência em crescimento?

Entrar em um restaurante, escolher uma mesa para um, pedir seu prato favorito e aproveitar a refeição sem companhia. Para alguns, essa pode ser uma experiência de autocuidado e tranquilidade. Para outros, ainda é um cenário desconfortável, marcado por olhares curiosos e um atendimento que, por vezes, pode ser menos prioritário.

Mesmo com um aumento de 64% no número de clientes que optam por comer sozinhos desde 2019, a prática ainda é vista como um “desvio da norma” em muitos lugares. Pós-pandemia, a valorização do autocuidado e o crescimento das viagens solo impulsionaram essa tendência, mas jantar desacompanhado ainda não é totalmente aceito, especialmente em culturas onde a refeição está fortemente associada a momentos de socialização.

Cultura e resistência

Em países como o Japão, comer sozinho é algo comum e até incentivado, com estabelecimentos projetados para essa experiência, como os restaurantes de ramen com cabines individuais. Já em países como Brasil e Estados Unidos, onde refeições são um evento social, quem janta sozinho pode ser visto com certa desconfiança.

Além do fator cultural, algumas dificuldades práticas ainda afastam os clientes solos. Muitos relatam enfrentar desafios como demoras no atendimento, dificuldade para garantir uma mesa e até um certo estranhamento por parte dos garçons.

Tecnologia como aliada

Para driblar essa resistência e oferecer uma nova experiência, surgem iniciativas como aplicativos que conecta pessoas que estão jantando sozinhas e desejam compartilhar a refeição com desconhecidos, transformando o momento em uma oportunidade de socialização.

Com a mudança de hábitos e a crescente aceitação do tempo a sós, o jantar solo tende a deixar de ser um tabu para se tornar uma escolha legítima – seja para refletir, relaxar ou até fazer novas conexões.

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