Ariel Morena compra porções reduzidas
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Fábio Nunes / AT
Por morar sozinha, a publicitária e cantora Ariel Morena, 30, contou que compra porções mais reduzidas de alimentos. Além disso, tem foco do orçamento no seu autocuidado. “Faço compra semanalmente, e sempre compro porções mais reduzidas. A questão era que, por exemplo, antes, quando fazia feira e comprava bacia de frutas ou legumes, era muito e acabava estragando. Hoje faço feira no mercado mesmo e me atende direitinho”.Ela destaca que o foco do orçamento familiar é ela mesma. “Como não tenho despesas com outras pessoas ou itens para outra pessoa como prioridade, é natural que o mercado seja mais focado em mim”, explicou.Setores de olhoImóveisO setor imobiliário é um dos mais beneficiados por essa nova realidade. Isso acontece porque o desejo de morar sozinho vai além do espaço físico: é uma busca por independência e equilíbrio pessoal.Ou seja, a procura por moradias menores cresce, impulsionada pela necessidade de um espaço próprio e pela oferta crescente desse tipo de imóvel.InvestimentosEm todas as faixas etárias, a maioria das mulheres investidoras é solteira. O percentual de solteiras é mais acentuado entre as mais jovens (94% até 30 anos) e diminui gradualmente com a idade (51% na faixa 50+).O perfil das mulheres investidoras é de solteiras, mais novas e que assumem maiores riscos. Essa faixa etária é especialmente favorável ao investimento mais agressivo.AlimentosNo segmento de alimentos, algumas mudanças são, por exemplo, alimentos prontos ou pré-preparados e embalagens menores para produtos.A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) estima que esse público movimente R$ 85 bilhões por ano com alimentos e bebidas. Também aponta que estão cada vez mais conscientes do desperdício alimentar e optam por comprar apenas o necessário.ServiçosServiços personalizados e produtos que atendem ao desejo de praticidade e conforto, como dispositivos de automação residencial, móveis compactos e soluções de organização.Serviços de saúde personalizados, como academias, clínicas de estética, nutricionistas e médicos especializados. Além disso, as terapias alternativas, a meditação e os produtos orgânicos têm se expandido.Transformações> Morar sozinho tem se tornado uma escolha de vida para um número cada vez maior de brasileiros. Entre os motivos está ter mais independência financeira, desfrutar de uma melhor qualidade de vida, viver uma nova experiência de vida, ter mais controle sobre a própria rotina, ter mais responsabilidade e organização e ter mais privacidade e tranquilidade.> O segmento de varejo e da publicidade, bem como as marcas em geral, passam por transformações para criar um repertório e comunicação que valorize a autonomia e o bem-estar de quem vive só. É fato que a taxa de natalidade e a expectativa de vida (longeva) pode afetar a economia no longo prazo.> Desta forma, o aumento de pessoas morando sozinhas, especialmente mulheres solteiras com independência financeira, está moldando novos padrões de consumo e desafiando setores tradicionais a se adaptarem. Compreender esse público e suas necessidades é essencial para empresas que buscam se destacar em um mercado em transformação.Tecnologia> O uso de tecnologia facilita também a vida dessas mulheres, como aplicativos de organização de rotina, plataformas de ensino à distância, e-commerce focado em produtos de bem-estar e saúde, e tecnologias para casas mais conectadas e inteligentes. A personalização, tanto no atendimento quanto nas ofertas, é um ponto chave para essas mulheres.Fonte: Marcelo Loyola Fraga, Alexandre Schubert, Maria Rita Sales Régis, Abia e Agência Estado.