Novo levantamento atualiza mapa hidrogeológico de MS

Com o objetivo de subsidiar políticas de gestão dos recursos hídricos, o SGB (Serviço Geológico do Brasil) lançou, nesta segunda-feira (31), o Mapa Hidrogeológico de Mato Grosso do Sul. A ferramenta segue metodologias internacionais reconhecidas, baseadas em publicações da UNESCO e no Princípio de Taxonomia Hidrogeológica. A estrutura do mapa inclui bases temáticas principais, como planimetria, geologia, poços e hidrologia, ajustadas para destacar os principais aquíferos do Estado. Foram definidas cinco classes taxonômicas, agrupando unidades hidroestratigráficas conforme sua capacidade de armazenar e transmitir água. A classificação dessas unidades considerou produtividades hidráulicas, permitindo comparações entre diferentes aquíferos. O mapa detalha os sistemas aquíferos de Mato Grosso do Sul e auxilia na gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos. Características –  Com 16 unidades hidroestratigráficas identificados , Mato Grosso do Sul apresenta grande diversidade geológica, variando de aquíferos altamente produtivos a unidades com baixa capacidade de armazenamento e circulação de água subterrânea. Os aquíferos do Estado são: Aluvionar, Pantanal, Cachoeirinha, Caiuá, Bauru, Botucatu, Palermo, Aquidauana, Ponta Grossa, Furnas, Rio Ivaí, Xaraiés, Corumbá, Cuiabá, Serra Geral e Embasamento Fraturado Indiferenciado. O levantamento aponta que os aquíferos Xaraiés, Corumbá e Ponta Grossa apresentam extrema vulnerabilidade à poluição. Regiões como Bonito e Corumbá dependem da água subterrânea para abastecimento e desenvolvimento econômico, exigindo planejamento estratégico para captação sustentável. Os aquíferos Rio Ivaí e Ponta Grossa possuem baixa produtividade, sendo considerados pouco produtivos ou não aquíferos. Apesar disso, a maioria das águas subterrâneas do Estado apresenta boa qualidade química, com baixa condutividade elétrica e poucos sólidos dissolvidos. Entre os sistemas mais relevantes está o SAAP (Sistema Aquífero Aquidauana-Ponta Grossa), que combina unidades de baixa a moderada produtividade. O Aquífero Corumbá, de predominância cárstica e vazões variáveis, é essencial para o turismo. Já o Aquífero Cuiabá, de natureza fissural, tem produtividade geralmente baixa, mas é localmente relevante. Unidades hidroestratigráficas – Formações geológicas classificadas com base em suas propriedades de armazenamento e condução de água subterrânea. Elas agrupam camadas de rochas ou sedimentos que compartilham características hidrogeológicas semelhantes, como porosidade e permeabilidade. Geralmente, essas unidades são categorizadas em três tipos principais: aquíferos, aquitardos, aquicludes. É importante lembrar que unidades hidroestratigráficas são diferentes de bacias hidrográficas . Mato Grosso do Sul possui 15 bacias hidrográficas, denominadas: Taquari, Correntes, Negro, Miranda, Nabileque, Apa, Aporé, Sucuriú, Santana, Quitéria, Verde, Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi. O estudo completo está disponível  clicando aqui. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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