Réu por matar “colega de quadrilha” em queima de arquivo é condenado a 12 anos

Foi condenado a 12 anos de prisão, Christian de Queiroz Oliveira, réu por matar integrante de uma quadrilha investigada por tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul. O grupo criminoso, também integrado por policiais, foi alvo da Operação Frete Seguro, deflagrada em março do ano passado. Na época, a investigação descobriu que policiais usavam até viaturas para o tráfico.  Christian Queiroz matou em uma provável queima de arquivo, segundo a investigação. No dia 21 de outubro de 2022, Cristian Alcides Valiente, 37 anos, conhecido como “Galo”, foi assassinado a tiros enquanto bebia em uma conveniência do Bairro Guanandi. Queiroz e outro comparsa foram presos dois dias depois do crime.  Um deles contou à polícia que conhecia “Galo” e sabia que o rapaz era envolvido com tráfico de drogas. Afirmou, ainda, que Cristian intermediava fretes de entorpecentes e que havia perdido uma carga com cerca de 435 quilos de cocaína, que foi apreendida. A quadrilha alvo da Operação Snow, executou ao menos três integrantes por acerto de contas ou queima de arquivo. Segundo a investigação, além de Cristian Alcides foram mortos os irmãos: Valdemar Kerkhoff Júnior e Eder Kerkhoff Operação  – Segundo a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, que contou com o auxílio da Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal, a organização criminosa era altamente estruturada.  “(…) com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, inclusive policiais cooptados, fazia o escoamento da droga, como regra cocaína, por meio de empresas de transporte, as quais eram utilizadas também para a lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores obtidos com o narcotráfico”. Para isso, a cocaína era escondida em carga lícita, ou seja, com documentações legais, o que dificultava a fiscalização policial nas rodovias “principalmente quando se tratava de material resfriado/congelado (carnes, aves etc.), já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado”.  Outra maneira que utilizavam para traficar a droga de Ponta Porã a Campo Grande era o chamado frete seguro. “(…) policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública”, aponta a investigação.  A quadrilha ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, desvinculando-os dos reais proprietários. Com isso, chamavam menos atenção em eventual fiscalização policial, porque, em regra, a liberação é mais rápida quando o motorista consta como dono do veículo. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
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