A primeira morte causada por febre chikungunya no Rio Grande do Sul foi confirmada nesta quinta-feira (3) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), marcando um momento inédito e preocupante para o Estado. A vítima, um idoso com comorbidades, morreu em março, mas a confirmação da causa só veio após análise laboratorial.
O caso ocorreu em Carazinho, que concentra a maioria dos infectados: são 97 confirmações e outros 60 casos em investigação, de acordo com dados municipais. No total, o RS já registra 107 casos confirmados da doença, sendo 93 autóctones – ou seja, contraídos dentro do próprio Estado.
Diante do avanço da doença, a prefeitura decretou situação de emergência. A medida possibilita a contratação emergencial de serviços, aquisição de insumos e reforço das ações de enfrentamento, como mutirões de limpeza, uso de fumacê e monitoramento com drones para localizar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue e zika.
A febre chikungunya, embora raramente leve à morte, pode causar dores articulares intensas e persistentes, além de inchaços, que podem durar meses ou até mais de um ano. O vírus permanece ativo por cerca de oito dias no organismo, período em que a pessoa infectada pode transmiti-lo a outros por meio da picada do mosquito.
População deve ficar em alerta
A Secretaria da Saúde do RS já emitiu alerta epidemiológico para chikungunya e dengue, reforçando a necessidade de colaboração da população. A eliminação de criadouros do mosquito é a principal forma de prevenção.
Autoridades de saúde ressaltam que o mosquito Aedes aegypti não voa grandes distâncias — o que significa que, se há casos na sua rua ou bairro, é porque o foco está próximo. Por isso, é fundamental eliminar qualquer ponto com água parada, como pneus, vasos, calhas, garrafas e outros recipientes.
A situação é grave e exige atenção imediata de todos os gaúchos. O combate ao mosquito é uma responsabilidade compartilhada. Mais do que nunca, é hora de redobrar os cuidados e fazer a sua parte.
Principais cuidados para evitar a chikungunya:
- Elimine a água parada de qualquer recipiente;
- Mantenha caixas d’água fechadas;
- Limpe calhas e ralos com frequência;
- Use repelente, principalmente em áreas com incidência de casos;
- Coloque telas em janelas e portas;
- Em caso de sintomas como febre alta, dores articulares intensas e inchaço, procure atendimento médico.
A febre chikungunya agora é uma realidade no Rio Grande do Sul — e é fundamental agir antes que ela se espalhe ainda mais.
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