Sementes piratas ocupam 11% da área plantada de soja em Mato Grosso do Sul

As sementes de soja piratas ocupam 11% da área plantada em Mato Grosso do Sul, conforme mostra estudo inédito divulgado pela CLB (CropLife Brasil), em parceria com a Céleres Consultoria. Segundo o Boletim Casa Rural, a expectativa para esta safra é que a área cultivada de soja em Mato Grosso do Sul seja de 4,501 milhões de hectares, 6,8% maior em comparação ao ciclo anterior. A produtividade esperada é de 51,7 sacas por hectare, gerando uma produção de 13,9 milhões de toneladas. O Estado segue o mesmo percentual do Brasil: 11%. O levantamento mostra que, em nível nacional, a pirataria de sementes de soja gera perdas de cerca de R$ 10 bilhões ao ano para a indústria de sementes, agricultores, setor de processamento de grãos e exportações.  “Quando falamos em sementes não certificadas, isso inclui tanto a semente salva (legal), quanto a pirata, comercializada sem respaldo legal ou tecnológico. Hoje, 33% da soja plantada no Brasil utiliza sementes não certificadas. Dessas, 11% são sementes piratas, que não foram regularizadas conforme o marco regulatório, explicou o CEO da Céleres, Anderson Galvão. Além disso, com a prática ilegal, cerca de R$ 1 bilhão pode deixar de ser arrecadado em impostos nos próximos 10 anos. Se houvesse o fim da pirataria de sementes de soja, a projeção seria de aumento na receita, sendo R$ 2,5 bilhões para os agricultores, R$ 4 bilhões para o setor de produção de sementes, R$ 1,2 bilhão para a agroindústria de farelo e óleo de soja, e R$ 1,5 bilhão nas exportações do agro. A equipe de reportagem entrou em contato com a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), que informou que o tema foge da atuação da associação.  Diferença –  Conforme a CropLife Brasil, as sementes são consideradas piratas quando apresentarem características como: Bolsa branca ou big bag reutilizado, sem informações obrigatórias nas embalagens; Sacaria nova tipo bolsa branca sem identificação do produtor ou informações da semente;  Sacaria reutilizada de semente, ração, adubo; sacaria e big bags com anotações manuais;  Big bags de semente ou fertilizante reutilizados;  transporte de grãos em épocas de pré-plantio; Nota de grão comercial acobertando semente pirata;  Grãos sem impurezas transportados em big bags; Semente pirata transportada a granel em caminhão;  Grãos comerciais padronizados;  Preço muito abaixo do preço de mercado. Por outro lado, as sementes certificadas devem estar:  Embaladas em sacaria inviolada ou em big bags novos e lacrados nas duas extremidades (etiqueta, rótulo ou carimbo), contendo razão social e CNPJ ou nome e CPF, endereço e indicação do nº de inscrição no Renasem (Registro Nacional de Sementes e Mudas) impresso na sacaria e a expressão: “semente reembalada”, quando for o caso, bem como as informações de qualidade e garantias legais da semente ofertada para venda; A venda e o transporte devem ser realizados com a emissão e acompanhamento da nota fiscal e do certificado ou termo de conformidade, que asseguram a procedência legal do lote comercializado, análise e atendimento ao padrão nacional de sementes estabelecido pelo Mapa (Ministério de Agricultura e Pecuária). Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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