Grupo com 200 indígenas de MS integra mobilização nacional em Brasília

Grupo de 200 indígenas de Mato Grosso do Sul participam, desde estas segunda-feira (7), da 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília (DF). A delegação partiu em quatro ônibus de comunidades dos municípios de Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Aquidauana, Anastácio, Miranda e Porto Murtinho, de diversas etnias. O evento, considerado o principal espaço de articulação e mobilização indígena do país, reúne povos de todas as regiões do Brasil. A programação vai até sexta-feira (11), com atos públicos, reuniões com autoridades, plenárias temáticas e manifestações culturais. Coordenador do Conselho do Povo Terena de Mato Grosso do Sul, Valcélio Figueiredo explicou que o grupo busca dar visibilidade a pautas urgentes. “Estamos fazendo mobilização para chamar atenção dos governos sobre o território, saúde, educação e preservação do ambiente”, afirmou. Segundo ele, a agenda inclui encontros com lideranças políticas e representantes de organismos internacionais. “Agora, por exemplo, estou aqui na embaixada da Noruega”, relatou durante uma das atividades em Brasília. Marcha, plenárias e reivindicações – Nesta terça-feira (8), os participantes do ATL percorreram cerca de 4 quilômetros do Eixo Monumental, entre o antigo Complexo Funarte e a Esplanada dos Ministérios. O grupo entoou cânticos e palavras de ordem em defesa de direitos indígenas garantidos pela Constituição. O ATL é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em parceria com sete organizações regionais, entre elas o Conselho do Povo Terena, a Aty Guasu e a Comissão Guarani Yvyrupa. Nesta quarta-feira (9), estão programados diálogos temáticos nas tendas das organizações e a Plenária Nacional de Saúde Indígena, com o tema “Transição, Resistência e Protagonismo”. No período da tarde, acontecem discussões sobre a atuação da Câmara de Conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) e a transição energética. Também está prevista a apresentação de uma pesquisa sobre impactos de petróleo e gás na área da Apoinme, além do ato cultural “Memória, Justiça e Resistência Indígena LGBTQIA+”. Na quinta-feira (10), a programação prevê a apresentação das delegações e a Marcha “A Resposta Somos Nós”, seguida de plenária sobre a participação indígena na COP 30, que ocorrerá em 2025. No mesmo dia será lançada a Comissão Internacional Indígena para a conferência climática. A sexta-feira (11) marcará o encerramento do ATL, com os últimos diálogos temáticos pela manhã, uma plenária política à tarde e a leitura do documento final com as deliberações do acampamento. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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