Acusado de mandar matar vereadora põe tornozeleira eletrônica para deixar MS

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, deixou a Penitenciária Federal de Campo Grande e teve a tornozeleira eletrônica instalada na tarde deste sábado (12). Ele deve deixar a cidade em voo ainda hoje para cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro. O monitoramento eletrônico foi realizado na Unidade Mista de Monitoramento Estadual, localizada na Rua Marechal Rondon, no Bairro Amambaí. Após o procedimento, às 15h56, Brazão foi encaminhado para um hotel da cidade em um veículo descaracterizado, sob escolta de quatro policiais federais do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e acompanhado por um motorista de sua família. A transferência foi autorizada na sexta-feira (11) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a defesa alegar grave deterioração no estado de saúde do parlamentar – condição confirmada por laudos médicos. Preso preventivamente desde março de 2024, Chiquinho passou a maior parte desse período detido em Mato Grosso do Sul. Durante a prisão, foi hospitalizado ao menos duas vezes para realização de procedimentos cardíacos, como cateterismo e angioplastia. Relatório médico citado por Moraes aponta que o deputado apresenta alto risco de sofrer mal súbito ou até morte súbita. Segundo a defesa, ele é portador de diabetes, hipertensão, insuficiência renal e outras doenças crônicas que agravam seu quadro clínico. Apesar da mudança para o regime domiciliar, o ministro do STF impôs uma série de restrições. Chiquinho Brazão está proibido de conceder entrevistas, utilizar redes sociais, receber visitas ou manter contato com outros investigados no processo. O uso da tornozeleira eletrônica será obrigatório durante todo o cumprimento da medida. Além de Chiquinho, o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, também está preso. Ambos são réus no STF por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o assassinato de Marielle Franco, em março de 2018, teria sido motivado por sua atuação política e a do PSOL contra interesses de milicianos na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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