Por que tantos brasileiros vão para o Shaktar Donetsk

Por que tantos brasileiros vão para o Shaktar Donetsk

O Shakhtar Donetsk é, há décadas, um destino constante para jogadores brasileiros que buscam projeção internacional. A presença massiva de atletas do Brasil no clube ucraniano tornou-se um fenômeno recorrente, intrigando torcedores, analistas e apaixonados por futebol.

Neste artigo, você vai entender por que tantos brasileiros vão para o Shakhtar Donetsk, analisando os fatores econômicos, culturais, técnicos e esportivos que explicam essa relação duradoura. O objetivo é revelar as motivações por trás dessa rota futebolística pouco convencional e como ela moldou carreiras e influenciou o mercado europeu.

Como surgiu a relação entre o Shakhtar Donetsk e os brasileiros?

A parceria entre o Shakhtar Donetsk e jogadores brasileiros teve início no final da década de 1990, com os primeiros nomes sendo contratados como apostas. O projeto do clube previa uma identidade ofensiva e técnica, inspirada no estilo sul-americano.

Com o passar dos anos, a presença brasileira não apenas se consolidou, como passou a ser uma estratégia oficial do clube. Diretores ucranianos perceberam que, ao contratar talentos jovens no Brasil por valores acessíveis, poderiam revendê-los com alto lucro para grandes clubes da Europa Ocidental.

Por que tantos brasileiros vão para o Shaktar Donetsk
Elenco do Shaktar 2017 – Fonte: Wikimedia commons

Quais são os fatores econômicos que influenciam essa escolha?

O Shakhtar oferece contratos financeiramente vantajosos para jovens brasileiros que ainda não despontaram nos grandes centros. Em muitos casos, os salários são maiores do que os oferecidos por clubes de médio porte no Brasil.

Além disso, a moeda forte na Ucrânia e a estabilidade oferecida pelo clube tornam o Shakhtar uma vitrine segura para aqueles que visam transferências mais lucrativas no futuro. O investimento em infraestrutura também contribui para a atratividade do destino.

O estilo de jogo do Shakhtar favorece os brasileiros?

Sim. O Shakhtar construiu uma identidade baseada em posse de bola, velocidade e criatividade ofensiva — características naturais do futebol brasileiro. Isso facilita a adaptação dos atletas e potencializa suas qualidades individuais.

Técnicos do clube, historicamente, valorizam jogadores habilidosos, com bom drible e movimentação entre linhas. O sistema técnico-tático do time foi moldado para acomodar jogadores como atacantes, meias ofensivos e laterais de origem brasileira.

Quem foram os brasileiros mais marcantes no clube?

Diversos nomes deixaram legado no Shakhtar. Dentre eles:

  1. Fernandinho – versátil e cerebral, tornou-se referência antes de brilhar no Manchester City.
  2. Willian – com atuações decisivas, ganhou destaque europeu.
  3. Douglas Costa – explodiu no clube antes de ir para o Bayern e Juventus.
  4. Taison – um dos jogadores com mais jogos pelo clube, ídolo da torcida.
  5. Fred – pilar do meio-campo, depois vendido ao Manchester United.

Esses jogadores demonstraram como o Shakhtar funciona como trampolim para as principais ligas da Europa.

O Shakhtar serve como ponte para clubes maiores?

Definitivamente. O Shakhtar tem um histórico consolidado de transferências para clubes de elite. Os atletas recebem visibilidade na Liga dos Campeões e Europa League, tornando-se alvos constantes de olheiros e agentes internacionais.

A estratégia do clube é comprar barato, desenvolver e vender caro. Essa reputação fortaleceu a imagem do Shakhtar como um dos principais exportadores de talentos brasileiros para a Europa Ocidental.

Existe algum fator cultural que facilite essa migração?

Sim. A convivência entre brasileiros dentro do clube cria um ambiente de suporte e familiaridade. Muitos jogadores chegam ao Shakhtar já sabendo que encontrarão compatriotas para facilitar a adaptação.

Isso reduz o impacto cultural, favorecendo a transição para um novo país. Além disso, o clube fornece estrutura para lidar com idioma, clima e questões logísticas, minimizando barreiras.

O modelo de negócio do Shakhtar é sustentável?

Até hoje, sim. O clube lucra com a valorização de jogadores e reinveste parte do montante em novas contratações, majoritariamente do mercado brasileiro. O círculo se retroalimenta.

Mesmo com desafios geopolíticos e deslocamento de sede, o modelo permanece ativo. A estrutura de olheiros no Brasil e as conexões com empresários locais mantêm o fluxo de atletas constante.

Qual o impacto dessa estratégia no futebol brasileiro?

A migração precoce de talentos para o Shakhtar contribui para a evasão de jogadores promissores no Brasil. Por outro lado, representa oportunidade de crescimento pessoal e profissional para atletas que, muitas vezes, enfrentam limitações nos clubes de origem.

Também impulsiona a profissionalização do scouting nacional, que passou a observar o Shakhtar como uma vitrine relevante para o mercado europeu.

O futuro dos brasileiros no Shakhtar ainda é promissor?

Apesar das dificuldades recentes enfrentadas pelo futebol ucraniano, a tendência é de continuidade. A marca do clube está associada à formação e à lapidação de talentos brasileiros, o que garante interesse constante por parte de atletas e agentes.

Enquanto houver estabilidade organizacional, infraestrutura de qualidade e participação em competições europeias, o Shakhtar continuará sendo uma porta de entrada valiosa para o futebol internacional.

O que podemos aprender com essa trajetória?

A história do Shakhtar Donetsk com jogadores brasileiros mostra como planejamento, visão de mercado e aposta em perfis específicos podem criar um modelo de sucesso. Mais do que coincidência, essa relação é fruto de estratégia bem executada.

Para os jogadores, representa um caminho eficiente para crescimento na carreira. Para o clube, um modelo de sustentação econômica e competitividade esportiva. Para os torcedores, uma identidade técnica que tornou-se marca registrada do time ucraniano.

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