Antes do empate contra o Internacional, neste domingo, 13, na Arena Castelão, o Fortaleza prestou homenagem aos dois adolescentes chilenos que perderam a vida na última quinta-feira, 10, em Santiago, em confusão na partida contra o Colo-Colo pela Libertadores. Do mesmo modo, o clube também reforçou sua campanha contra a violência no futebol.
Os jogadores do Tricolor do Pici entraram em campo vestindo camisas com a frase: “No futebol só há lugar para a vida”. Ao lado do zagueiro Kuscevic, duas crianças entraram em campo usando camisas com os números 13 e 17, representando as idades de Mylan e Martina — torcedores do Colo-Colo que faleceram após serem atropelados nas imediações do Estádio Monumental David Arellano, antes da partida contra o Fortaleza.
Além disso, o clube estendeu uma faixa com a mensagem: “Futebol e violência não ocupam o mesmo espaço”, ao lado das bandeiras do Brasil e do Chile. Antes do apito inicial, jogadores e torcedores respeitaram um minuto de silêncio.
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“Lamentamos profundamente o que aconteceu fora do estádio, antes do jogo. Duas crianças saíram para ver seu time jogar e não voltaram para casa. Após uma invasão em campo, fomos obrigados a sair do gramado para preservar atletas e staff, por falta de segurança. Situações como essa não podem se repetir. Estamos aqui pela memória dos que partiram e pedindo paz no futebol, mais uma vez”, destacou Marcel Pinheiro, diretor de Marketing e Comunicação do Fortaleza.
Entenda a confusão na partida entre Colo-Colo e Fortaleza
Durante o segundo tempo, torcedores chilenos arremessaram objetos em direção ao campo. Em seguida, quebraram o vidro que separava as arquibancadas do gramado e invadiram o campo de jogo. Diante do caos, os jogadores do Fortaleza correram para os vestiários, enquanto atletas do Colo-Colo tentaram conter os invasores. A arbitragem também deixou o gramado, decretando o encerramento da partida.
Segundo o jornal chileno La Tercera, tudo começou do lado de fora do estádio, quando um grupo de torcedores tentou invadir o Monumental sem ingressos. Assim, a tentativa gerou confronto com a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Dessa forma, ainda segundo a publicação, a operação resultou em duas mortes: uma jovem de 18 anos e um menino de 13, supostamente atropelados durante o tumulto. Além disso, 10 torcedores teriam sido presos. A notícia das fatalidades gerou revolta em parte da torcida, o que teria impulsionado os episódios violentos dentro do estádio.
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