O Ministério da Saúde pedirá a incorporação da vacina contra a chikungunya no SUS (Sistema Único de Saúde) após o registro do imunizante pela Vigilância Sanitária, conforme divulgado pela pasta na noite desta segunda-feira (14). O pedido será enviado à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que irá analisar a inclusão da vacina na rede pública de saúde. Caso a vacina seja aprovada, ela será integrada ao calendário nacional de vacinação, reforçando as medidas de combate à doença no Brasil. A vacina, desenvolvida pelo laboratório Valneva em parceria com o Instituto Butantan, foi registrada pela Anvisa depois de uma análise detalhada, que mostrou que o imunizante é eficaz e seguro. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância dessa aprovação para a saúde pública. “Toda vez que surge uma nova vacina registrada, é uma boa notícia para a saúde pública — ainda mais quando envolve duas instituições fundamentais do SUS: a Anvisa e o Instituto Butantan. Vacinar é sempre defender a vida”, afirmou. A chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da Zika, e causa febre alta e dores fortes nas articulações, que podem se tornar crônicas. O vírus foi introduzido no Brasil em 2014 e, desde então, todos os estados registram casos. Até o dia 14 de abril de 2025, o Brasil havia registrado 68,1 mil casos e 56 mortes pela doença. Nesta semana, a agência concedeu o registro após revisar os dados clínicos, de produção e de qualidade da vacina, que mostrou eficácia em induzir uma forte resposta imunológica. Além disso, foi firmado um termo de compromisso entre a Anvisa e o Instituto Butantan, garantindo que serão feitos estudos adicionais sobre a efetividade, segurança e farmacovigilância ativa da vacina no Brasil. A vacina é recomendada para pessoas a partir de 18 anos que estejam em risco elevado de exposição ao vírus. A dose é única e a vacina é contraindicada para gestantes e indivíduos com sistema imunológico comprometido. A produção inicial do imunizante será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia para o Brasil, onde a fabricação será realizada pelo Instituto Butantan. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .
Após 68 mil casos, Brasil pode incluir vacina contra chikungunya no SUS
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