O Hospital São Julião traz a palestra ‘A morte é um dia que vale a pena viver’

No dia 30 de abril, o Hospital São Julião abre uma janela rara na arquitetura do tempo. Às 19h, o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, receberá a médica geriatra e paliativista Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, para a palestra que carrega, já no título, a promessa de uma ruptura de paradigmas: “A morte é um dia que vale a pena viver”. Você pode adquirir o ingresso aqui. A abertura ficará por conta da Orquestra Sinfônica de Campo Grande, em parceria com a Orquestra Sinfônica das Crianças Indígenas, uma fusão de memórias e futuro, sob a regência do maestro Eduardo Martinelli. “A gente fala muito de começo, de nascimento, de planos. Mas esquece que a única certeza que temos é a morte. Por que não encará-la de frente, com dignidade, com humanidade?”, provoca Jessyka Mendes, superintendente do Hospital São Julião , que carrega na voz a mesma paixão que pulsa nas veias da instituição. “O nosso papel não é apenas tratar doenças, mas acolher as pessoas em sua inteireza, corpo, alma e história.” O Hospital São Juliã o , reconhecido pelo trabalho pioneiro no cuidado de pacientes com doenças crônicas e condições complexas, abraça com coragem esse espaço de conversa franca sobre o fim da vida. Para Jessyka, mais do que uma palestra, o encontro será um convite à transformação coletiva. “A Dra. Ana Cláudia tem o dom de iluminar cantos escuros da existência que evitamos olhar. Ela nos ensina que cuidar não é só curar, é caminhar junto, até o último passo”, destaca a advogada superintendente Jessyka Mendes.  Ana Cláudia Quintana Arantes sabe do que fala. Médica formada pela USP, especializada em Geriatria e Gerontologia pela Universidade de Barcelona e pós-graduada em Cuidados Paliativos pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, ela se tornou uma das maiores vozes brasileiras quando o assunto é humanizar o adeus. Seu livro homônimo à palestra virou um farol para milhares de leitores que, em meio ao luto ou à dor, buscaram na finitude uma forma de valorizar a vida. Mas, Ana Cláudia não oferece respostas prontas, ela provoca perguntas profundas. Ao tratar da morte, ela desmascara nossos medos mais íntimos, e nos convida a viver com mais inteireza cada instante. Sua trajetória inclui atuações em instituições de renome e falas que atravessaram fronteiras, sempre carregando a premissa de que o cuidado integral ao paciente não termina na cura, ele floresce, sobretudo, na escuta e na presença até o último sopro. “É preciso desmistificar o tabu da morte, para que possamos construir uma sociedade mais empática e preparada para lidar com o sofrimento”, reforça Jessyka Mendes. Ela conta que, diariamente, no Hospital São Julião, o desafio não é apenas enfrentar doenças incuráveis, mas cultivar relações de confiança e afeto com pacientes e suas famílias. “O cuidado paliativo é, acima de tudo, um ato de amor”, resume. Amor, aliás, será a palavra silenciosa que atravessará toda a noite do dia 30. Uma noite para desacelerar o coração, ouvir a música que brota dos intervalos e, sobretudo, aprender a conviver com a certeza da morte sem paralisar a vida. É válido lembrar que no Hospital São Julião , são mais de 8 mil pacientes atendidos todos os meses, com a média de 200 internações e cerca de 1.400 cirurgias realizadas no mesmo período. Com sua origem profundamente ligada à história da saúde pública de Mato Grosso do Sul, o São Julião se mantém como um polo essencial para o atendimento no Estado. E cada ingresso adquirido para a palestra será revertido integralmente para a manutenção dos serviços do hospital , ajudando a garantir a continuidade desse cuidado humanizado que marca sua trajetória há décadas. Adquira o seu ingresso aqui . Acompanhe o Hospital São Julião no   Instagram
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