Grupo de trabalho estuda ressarcir prejudicados por descontos do INSS

Após a Operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal, que revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, a CGU (Controladoria-Geral da União) anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar formas de ressarcir os beneficiários prejudicados. O comunicado foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24), pela diretora de Orçamentos, Finanças e Logística do órgão, Débora Floriano. De acordo com as investigações, entidades conseguiram retirar ilegalmente mais de R$ 6,3 bilhões das contas de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Ao todo, foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão em 13 estados, incluindo Mato Grosso do Sul. Agora, com a apuração em andamento, a força-tarefa pretende encontrar meios para devolver os valores subtraídos. “Nós traremos, oportunamente, um plano onde serão abordadas e tratadas todas as informações. Em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promoveremos o integral ressarcimento dos descontos irregularmente aplicados sobre os benefícios dos nossos segurados”, afirmou Débora. Apesar do anúncio, nem a CGU nem a Polícia Federal informaram quantas pessoas deverão ser ressarcidas. A diretora reforçou que, por ora, os descontos estão suspensos. “Não é necessário que nossos beneficiários recorram imediatamente às agências para bloquearem os seus descontos”, destacou. Operação – Deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a CGU, a operação “Sem Desconto” teve como alvo um esquema de descontos irregulares de mensalidades associativas diretamente nos benefícios do INSS, sem consentimento dos aposentados. As investigações apontam que o esquema movimentou R$ 6,3 bilhões em cinco anos. Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Segundo a CGU, auditoria mostrou que 97% dos aposentados e pensionistas ouvidos não sabiam que estavam sofrendo descontos em seus benefícios. Após a revelação do esquema, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Stefanutto, que estava à frente do órgão desde julho de 2023, por indicação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi afastado por ordem da Justiça Federal, junto com outros cinco servidores. O Campo Grande News  preparou um passo a passo para quem deseja verificar se foi vítima dos descontos indevidos, além de orientações para cancelar o vínculo com as entidades envolvidas e evitar novas cobranças. 👉  Clique aqui e confira! Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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