‘Está lutando para viver’, diz esposa de caminhoneiro baleado em confronto da PM com suspeitos de ataque a carro-forte em SP


Lenilson da Silva Pereira, de 42 anos, estava a caminho de Ribeirão Preto para fazer uma entrega e ficou no meio do fogo cruzado na rodovia entre Cajuru e Altinópolis. Ele está internado em estado grave. Esposa de caminhoneiro atingido durante confronto em rodovia coba explicação
Esposa do caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado durante o confronto entre policiais militares e suspeitos de um ataque a carro-forte na última semana na região de Ribeirão Preto (SP), Eveline Carvalho disse nesta segunda-feira (16) que o marido está lutando pela vida.
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Lenilson, de 42 anos, está internado desde quarta-feira (11) na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) em Ribeirão Preto. Ele foi atingido por um disparo na cabeça e passou por cirurgia neurológica. O quadro de saúde é estável, mas considerado grave.
“Ele está no CTI do hospital lutando para viver. Como a própria médica falou, é um milagre ele estar ali por causa da forma que ele entrou ali. É um milagre ele estar vivo. Não se sabe o estado, não se fala em sequelas, é precoce”, diz.
Lenilson da Silva Pereira foi baleado durante tiroteio entre policiais e criminosos entre Cajuru (SP) e Altinópolis (SP)
Arquivo Pessoal
Eveline, que mora em Teresina (PI), chegou a Ribeirão Preto na semana passada para acompanhar o estado de saúde do marido.
Ela conta que Lenilson transportava uma máquina até o depósito da empresa onde trabalha em Ribeirão Preto e passava pelo trevo entre Cajuru (SP) e Altinópolis, quando ficou no meio do tiroteio entre a polícia e os criminosos. Ele teria folga no fim de semana e estava com a passagem comprada para ir para casa.
Foi por meio de um delegado após sucessivas ligações para o celular do marido que ela ficou sabendo que Lenilson tinha sido baleado.
Eveline Carvalho, esposa de caminhoneiro baleado em confronto da polícia com criminosos entre Cajuru (SP) e Altinópolis (SP)
Reprodução/EPTV
Busca por esclarecimentos
Apesar disso, Eveline afirma que, até o momento, só soube de mais detalhes sobre o caso por meio das notícias veiculadas pela imprensa local.
“O que saiu nos noticiários que eu consegui acompanhar, e que são muitas informações divergentes umas das outras, é que ele estava sendo usado como escudo pelos bandidos. Os bandidos avistaram o caminhão na pista, tentaram usar o caminhão para fechar a via e tiraram ele de dentro.”
A mulher do caminhoneiro diz que não foi procurada pelas autoridades após a ocorrência para esclarecimentos ou informações sobre as circunstâncias do confronto que vitimou seu marido.
“Em todos os noticiários que eu acompanhei, o Lenilson estava com os bandidos. Então quem atirou no meu marido? De onde foi que partiu essa bala? Uma bala que atravessou a cabeça dele e ninguém me dá nenhum tipo de informação. É injusto ele estar lá e eu estar aqui sem saber o que aconteceu”, afirma.
Nesta segunda-feira, o delegado Targino Osório disse que só a perícia pode determinar o que realmente ocorreu durante o tiroteio e que as circunstâncias do fato ainda estão sendo apuradas.
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Tiroteio, fuga e mortes
O confronto que deixou Lenilson ferido aconteceu por volta das 15h da última quarta-feira (11), dois dias após o ataque a um carro-forte entre Batatais (SP) e Restinga (SP).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) patrulhavam a Rodovia Altino Arantes, quando se depararam com um veículo suspeito de praticar roubos a veículos de transporte de valores e decidiram abordar os ocupantes.
Bloqueio com viaturas da Polícia Militar na Rodovia Joaquim Ferreira entre Cajuru e Altinópolis, SP
Murilo Badessa/EPTV
Ao perceberem a presença policial, segundo a Segurança Pública, os criminosos desembarcaram e dispararam contra a equipe, que reagiu.
Na ação, três suspeitos e o sargento da PM Márcio Ribeiro, de 49 anos, foram baleados e morreram.
No carro dos criminosos foram apreendidos três fuzis .762, uma metralhadora .50, duas pistolas 9 milímetros, coletes balísticos e munição de diferentes calibres. Ainda segundo a Segurança Pública, a perícia foi acionada e a ocorrência foi registrada na Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto.
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