Polícia prende 20 suspeitos em operação contra grupo criminoso liderado por Nego Jackson

A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), deflagrou na manhã de hoje uma grande operação contra uma facção criminosa que atuava nas zonas norte e sul de Porto Alegre. Intitulada Operação Aliança, a ação já resultou na prisão de 20 suspeitos e tem como foco a desarticulação do grupo criminoso, que era liderado por Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, morto em novembro de 2024 dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 3).

O que se sabe sobre o grupo

O grupo criminoso investigado tem forte atuação no tráfico de drogas, especialmente em áreas como os bairros Cascata, Glória e Vila Jardim, além de envolver-se também no tráfico de armas. A investigação começou com a prisão de um traficante em março de 2023, após a apreensão de porções de maconha e crack, o que levou os policiais a descobrir a conexão com os líderes da facção.

Operação Aliança

Até as 6h30min de hoje, a operação cumpriu 51 mandados judiciais, sendo 23 de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão, nas cidades de Porto Alegre e Gravataí, além de Charqueadas, Montenegro, Arroio dos Ratos e Canoas, na Região Metropolitana. A ação é coordenada pelo delegado Joel Wagner, da 1ª Delegacia de Investigação ao Narcotráfico.

Durante a operação, em uma das residências no bairro Cascata, foram encontrados tubos utilizados para arremessar drogas para dentro dos presídios. Esses tubos tinham ganchos para serem fixados a drones, evidenciando a sofisticada logística da facção para movimentar entorpecentes.

Papel de Nego Jackson

Nego Jackson, apesar de já ter sido assassinado dentro do presídio, ainda é considerado uma figura-chave no comando da facção criminosa. Ele era responsável por organizar o tráfico de drogas, armas e a lavagem de dinheiro. A facção também utilizava “laranjas” para movimentar dinheiro, usando dados de pessoas inocentes.

Próximos passos da investigação

A polícia continua com a apuração sobre o envolvimento de outros membros da facção, incluindo gerentes, responsáveis pelo transporte, armazenamento e venda de drogas. Também estão sendo investigados crimes relacionados ao tráfico de armas, que complementam as atividades ilícitas da organização.

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