Abandonado, Centro Comunitário é ocupado por família e transformado em igreja

Abandonado durante a pandemia, o Centro Comunitário do Bairro Vida Nova, em Campo Grande, foi ocupado por uma família e transformado em uma igreja. Moradores afirmam que a invasão está em fase de regularização junto a Prefeitura de Campo Grande Mecânico, de 39 anos, que preferiu não ser identificado, conta que antigamente o centro comunitário era usado para eventos e recreação de crianças do bairro. Com o avanço da covid, os eventos foram cancelados e o local ficou abandonado. “Depois que abandonou, começou um monte de usuário de droga fazer baderna, e aí depois esse pessoal que tá aí ocupou. Ali na igreja ficou até melhor que os moradores de droga. Antes a igreja do que era antes”, relatou o mecânico. O ex-presidente do bairro, de 79 anos, que também pediu para não ter o nome divulgado, afirma ter “lavado as mãos”. O idoso conta que chegou a questionar os invasores sobre o uso do espaço e foi dito que o local estava em processo de regularização. Enquanto o Campo Grande News esteve no local, foi possível observar que a família construiu duas casas no terreno do centro comunitário. Ainda foi encontrado um informe, colado na parede, de um projeto de apoio à adoção.  Para a reportagem, a irmã do pastor da igreja que está no centro comunitário confirmou que a família invadiu o local. Porém, a mulher não comentou sobre a regularização do local. “A gente está cuidando daqui. Aqui não tinha presidente do bairro, só tinha um senhor cuidando, mas ele foi embora para a fazenda e foi quando o meu irmão entrou aí”, contou. A mulher ainda afirma que no local, a família atua realizando projetos sociais com arrecadação de roupas e alimentos. “A gente arrecada, faz alimento e leva para a cracolândia, lá na rodoviária velha”.  o Campo Grande News  procurou a Prefeitura de Campo Grande para falar sobre o caso, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto. Recorrente –  Em julho de 2024 uma empresa de internet foi multada após transformar o Centro Comunitário da Vila Margarida em estacionamento particular. Na época o empresário afirmou que possuía um acordo com o presidente do bairro há cerca de quatro anos. O responsável pelo empreendimento ainda afirma que tudo é registrado em ata.  Para essa situação, a a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) explicou que os centros comunitários não podem ser usados dessa forma. “As atividades dos centros comunitários devem atender os serviços destinados aos interesses da comunidade, conforme previsto nos seus estatutos”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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