Projeto em São Paulo visa proibir dinheiro público em shows com apologia ao crime

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou apoio ao projeto de lei da vereadora Amanda Vettorazzo (União), que propõe a proibição de shows financiados com dinheiro público de artistas que fazem apologia ao crime ou ao uso de drogas. A proposta ficou conhecida como “Lei Anti-Oruam”, em referência ao rapper Oruam, que atualmente tem a música mais ouvida do Brasil no Spotify.

Durante um evento sobre investimentos em cultura nesta segunda-feira (10), Nunes afirmou que desconhece as músicas do artista e destacou que não há espaço para esse tipo de conteúdo em eventos custeados pela prefeitura. “Se essa pessoa faz qualquer tipo de apologia ao crime, aqui nos palcos de São Paulo, com recurso público, ela não vai ter espaço”, declarou.

Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos, de 25 anos, tem mais de 13 milhões de ouvintes no Spotify e já se apresentou em grandes festivais, como Lollapalooza e Rock in Rio. Ele é filho do traficante Marcinho VP e já fez declarações pedindo a liberdade do pai, que cumpre pena por homicídio, tráfico de drogas e formação de quadrilha.

A vereadora Amanda Vettorazzo tem defendido abertamente que Oruam seja proibido de se apresentar em São Paulo e criou um site específico para divulgar a proposta. Segundo ela, o rapper “viralizou fazendo músicas e shows com apologia ao crime organizado”, o que, em sua visão, normaliza a criminalidade para o público jovem.

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