Um a cada 5 casais se separa antes do bebê completar 1 ano

Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio anunciaram a separação no dia 29

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Reprodução/Instagram

Um quinto dos casais se separa no primeiro ano do nascimento de um bebê, apontou uma pesquisa realizada pelo ChannelMum.com e The Baby Show. Foi o que aconteceu com a atriz Fernanda Paes Leme e o empresário Victor Sampaio. Juntos desde 2021, eles anunciaram a separação no dia 29 de janeiro. A filha deles, Pilar, tem 9 meses.Assim como Fernanda e Victor, muitos outros casais também decidiram colocar um ponto final na relação após o nascimento de um filho.Dados do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo (Sinoreg-ES) revelam que, durante o ano passado, foram realizados 2.582 divórcios nos cartórios do Estado. Considerando a pesquisa, a projeção é de que pelo menos 500 deles tenham ocorrido até os 12 meses do nascimento de um bebê. Embora não existam dados específicos, Kamilla Dias, advogada especialista em Direito de Família, tem observado em seus atendimentos que há cinco anos o número de divórcios entre casais com filhos de até 1 ano de idade tem crescido. “É bem mais comum do que tempos atrás. Pelo que a gente observa nos escritórios, os casais se desconectam. Eles param de se olhar como marido e mulher. A criança chega e o olhar fica voltado apenas para ela”. A especialista explica que as mulheres tendem a se queixar da sobrecarga, enquanto os homens alegam que as mulheres se dedicam apenas à maternidade, se anulando enquanto esposas. Essas não são queixas isoladas. Pelo contrário, são apontadas pela pesquisa do ChanelMum. com como algumas das principais causas de separação.ResponsabilidadesPara a psicóloga Sátina Pimenta, o ideal é que, antes da concepção, o casal converse sobre as responsabilidades de cada um. Entretanto, não é isso que costuma ocorrer. “É importante que os dois digam exatamente o que estão sentindo, para reformular a forma como está sendo a rotina. Como vamos fazer isso para ninguém se sentir sobrecarregado e ainda sermos nós como casal?”, destaca.Para o relacionamento não acabar, além da conversa, a profissional aconselha que o casal busque uma rede de apoio e garanta momentos de intimidade. “É preciso fazer a manutenção do relacionamento”. ES registra mais de 2.500 divórcios em um anoNo Espírito Santo, dados do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo (Sinoreg-ES) revelam que, em 2024, foram realizados 2.582 divórcios nos cartórios do Estado. O mês com o maior número de processos de divórcios, ao longo do ano passado, foi julho, totalizando 272 registros. Fabiana Aurich, vice-presidente do Sinoreg-ES, explica que o número de divórcios é alto e tem aumentado cada vez mais. Ela também destaca a necessidade de se legalizar o divórcio em cartório. Para isso, é preciso haver consenso mútuo, ambos terem advogados (que pode ser o mesmo para os dois) e, caso tenham filhos menores ou incapazes, já terem decidido judicialmente as questões sobre guarda e pensão.“Primeiro, o casal vai precisar fazer um acordo na Justiça sobre a guarda e pensão alimentícia do filho menor. No cartório, ele vem fazer o rompimento da sociedade conjugal e partilha dos bens”. Por esse motivo, a vice-presidente explica que atualmente não é muito comum casais com filhos se divorciarem no cartório. Saiba maisPesquisaUm terço dos casais enfrenta sérios problemas de relacionamento nos meses que se seguem após o nascimento de um bebê, conforme mostrou um estudo. Um em cada cinco casais termina o relacionamento neste período, também indicou a pesquisa. O levantamento foi realizado pelo ChannelMum.com, uma comunidade de pais do Reino Unido, e The Baby Show, um programa americano de televisão, com 2 mil mães e pais.MotivosFalta de comunicação, diminuição da vida sexual e ausência de tempo para o casal estão entre os principais motivos para o fim do relacionamento. Metade dos casais passa a discutir com mais frequência após a chegada do bebê.Um terço deles pode ficar até cinco dias sem conversar.Cerca de 30% relataram que a vida sexual foi reduzida drasticamente.29% sentiram falta do carinho e da conexão que existiam antes.SobrecargaA desigualdade na divisão de tarefas também é uma razão do fim do relacionamento. Mulheres relatam que a responsabilidade solitária pelo cuidado dos bebês, somada às tarefas domésticas, as sobrecarregam. Apenas 24% se certificaram de compartilhar o trabalho doméstico.Já os homens dizem que se sentem negligenciados na relação.Não fizeram nadaQuase um quinto dos pais admitiu que não implementou nenhuma medida para proteger seu relacionamento durante os primeiros meses da paternidade. 23% dos entrevistados pediram apoio a familiares e amigos.

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