SNID11 entrega dividendos de 14,65% e supera indicadores de referência

SNID11.Foto: Pixabay
SNID11 entrega dividendos de 14,65% e supera indicadores de referência

O FI-Infra SNID11 encerrou janeiro com um dividend yield de 14,65%, refletindo o recente ajuste na distribuição de dividendos para R$ 0,11 por cota. O fundo passou oito meses pagando R$ 0,10.

“A tendência agora é permanecer nesse nível ou aumentar, de acordo com o comportamento da Selic”, disse Rodrigo Wainberg, analista da Suno Asset, em live direcionada aos investidores do fundo. Segundo ele, a distribuição atual equivale a 105% do CDI.

O analista destacou o desempenho do FI-Intra em 2024. O desempenho patrimonial do SNID11 teve retorno de 14,4%, superando seus índices de referências como CDI (10,9%), IDA-DI (12,5%) e IPCA + yield IMAB (11,5%). “Foi um ano positivo para o fundo, com uma performance bem acima dos nossos indicadores de referência”, acrescentou Wainberg.

Em janeiro, o volume médio diário negociado foi de R$ 188 mil. Por sua vez, a cota do SNID11 fechou janeiro próxima a R$ 9,70, enquanto o valor patrimonial ficou em R$ 10,08, um deságio de cerca de 4%.

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Dividendos do SNID11: analistas citam expectativas sobre mercado de crédito

O forte volume de emissões de debêntures incentivadas marcou o ano de 2024, atingindo R$ 135 bilhões, praticamente o dobro do recorde anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo elevado apetite dos investidores e pela necessidade de financiamento de grandes projetos de infraestrutura.

“Houve uma combinação entre demanda por crédito, oferta de debêntures e a atuação dos FI-Infras, que também absorveram esses papéis”, explicou Wainberg. Para 2025, a expectativa do mercado é de uma redução nesse volume, embora ele deva seguir relevante.

O SNID11, que dobrou de tamanho com a segunda emissão de cotas em 2024, conseguiu manter a rentabilidade ao diversificar ainda mais sua carteira e reduzir a duration do fundo. “A emissão foi bem-sucedida, agregando valor tanto para os cotistas antigos quanto para os novos”, ressaltou o analista.

O fundo possui uma média de rating AA- e não apresenta operações compromissadas ou endividamento. Segundo Wainberg, o SNID11 não se enquadra nem na categoria de high yield, que assume riscos mais elevados, nem exclusivamente no high grade, que prioriza maior segurança. “Nosso posicionamento está entre middle e high grade, buscando sempre o melhor equilíbrio entre risco e retorno”, cita.

Estratégia do FI-Infra: CDI como referência e estabilidade na cota

Diferentemente de outros fundos que acompanham títulos IPCA+, o SNID11 mantém sua carteira indexada ao CDI por meio de operações de swap, estratégia que garante maior estabilidade na cota patrimonial.

“O fundo transforma sua exposição para CDI sem alterar a natureza dos títulos. Isso traz previsibilidade para o investidor e protege contra oscilações excessivas no mercado”, explicou Guilherme Almeida, também analista da Suno Asset.

Confira a live do SNID11

“A expectativa da taxa de juros teve um impacto direto na busca por produtos como o SNID11”, observou Almeida. Desde agosto de 2024, o crescimento na base de investidores do fundo refletiu o movimento de migração para ativos mais conservadores.

O FI-Infra SNID11 trabalha com um guidance de distribuição de dividendos entre R$ 0,10 e R$ 0,13 por cota, acompanhando as projeções para a Selic. “Se os juros permanecerem altos, podemos caminhar para distribuições acima dos R$ 0,11 atuais”, apontou Wainberg.

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