Globo descartou novela de Gloria Perez por trama política e enredo confuso

Gloria Perez durante entrevista no programa Ofício em Cena da GloboNews usando camisa branca com detalhes pretos

A Globo barrou a nova novela de Gloria Perez após avaliar que a trama era confusa e envolvia temas considerados sensíveis para o horário. Diretores da emissora classificaram a narrativa como ainda mais difícil de compreender que Travessia (2022), último trabalho da autora, que teve baixa repercussão. O projeto previa a exibição em 2026, ano de eleição presidencial, o que agravou o cenário e levou ao veto.

O que você precisa saber

  • Globo rejeitou novela de Gloria Perez por trama confusa e teor político;
  • Diretores apontaram que história era mais confusa que Travessia;
  • Parte da trama envolvia senador perseguido e seria exibida em 2026;
  • Assunto do aborto foi citado por Gloria, mas não foi decisivo;
  • Globo evita conteúdos políticos em ano de eleição presidencial;
  • Texto não previa núcleo cômico, marca tradicional da autora;
  • Globo e Gloria encerraram acordo de trabalho após o veto à trama.

Nas redes sociais, Gloria afirmou que a trama sobre aborto provocou o cancelamento da produção. No entanto, fontes da emissora garantem que esse ponto poderia ser contornado com alterações nos primeiros capítulos. O que pesou, de fato, foi a complexidade do enredo e a inserção de temas políticos, incluindo a história de um senador supostamente perseguido. A emissora decidiu evitar o risco de polêmicas em ano eleitoral.

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Segundo a coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo, a novela também não apresentava um núcleo de humor popular, elemento presente em praticamente todas as obras anteriores de Gloria Perez. Mesmo em tramas densas como O Clone (2001) ou A Força do Querer (2017), a autora manteve personagens leves que equilibravam o tom. A ausência de comicidade foi vista como um erro estratégico para o público do horário nobre.

Globo tem regra interna para evitar problemas em ano eleitoral

A Globo adota como regra interna não aprovar novelas com teor político programadas para anos eleitorais. Assim, a medida visa evitar questionamentos sobre imparcialidade, como os enfrentados em 1989 com O Salvador da Pátria. Com isso, a possibilidade de a novela provocar associações ou interpretações políticas foi considerada um risco desnecessário pela direção da teledramaturgia.

Diante do impasse criativo e da resistência da autora em reformular pontos centrais do projeto, a Globo optou por não seguir com a produção. Gloria Perez, que mantinha contrato fixo desde 1990, deixou de ter vínculo exclusivo com a emissora. Ela pode, no entanto, apresentar novos projetos futuramente, sem garantia de aprovação ou produção imediata.

Gloria Perez iniciou sua trajetória na Globo nos anos 1980 como colaboradora de Janete Clair. Estreou como autora solo com Barriga de Aluguel (1990) e conquistou sucesso com novelas como De Corpo e Alma (1992), Explode Coração (1995), América (2005) e Caminho das Índias (2009). O Clone é considerada sua obra mais marcante.

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