
William Bonner aproveitou as comemorações pelos 60 anos da TV Globo para refletir sobre o papel da emissora em um cenário marcado pela polarização e pelo consumo de informação mediado por algoritmos. Para o jornalista, a missão do canal é clara: romper as barreiras das bolhas digitais e promover o diálogo.
“Vivemos um momento de polarização extremamente alimentado pelas redes sociais, onde cada um permanece na sua bolha, ouvindo apenas o que quer ouvir. A Globo entende que seu papel, num cenário tão desafiador como esse — não só no Brasil, mas no mundo — é justamente tentar furar essas bolhas, subverter a lógica do algoritmo”, afirmou William Bonner.
Segundo o âncora do Jornal Nacional, essa responsabilidade não se limita ao jornalismo, mas também se estende ao conteúdo de entretenimento da Globo. “A gente propõe debates. Isso permite que, mesmo dentro de uma bolha, alguém escute algo diferente — e talvez reflita que quem pensa diferente não é inimigo, apenas tem outra visão”, disse.
“O jornalismo sempre foi uma parte fundamental da Globo, desde o início, quando tudo começou com um jornal impresso. Hoje, temos mais de dez horas por dia dedicadas ao jornalismo de rede, sem contar o jornalismo local, que só cresceu nas últimas décadas”, ressaltou William Bonner em conversa com a imprensa durante uma ação especial para divulgar a programação comemorativa dos 60 anos.
O apresentador do Jornal Nacional também destacou os desafios trazidos pelas transformações tecnológicas. “Estamos às vésperas de uma nova revolução com a TV 3.0, e a Globo está imersa nesse processo. Mas, acima de qualquer inovação, o mais importante é manter o compromisso com o conteúdo — que provoque, que dialogue e que una, e não o contrário”, declarou.
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