Nem o coelho da Páscoa resiste ao chamamé no Mercadão Municipal

Quem acha que o coelho da Páscoa está ocupado fazendo ovos de chocolate está enganado, ele está é dançando chamamé no Mercadão Municipal de Campo Grande. Com o estilo musical presente em todo Estado, nem o orelhudo espancou do som da sanfona.  Com passos ritmados e uma fantasia rosa, o jovem Eduardo Monteiro, de 17 anos, chamou atenção de quem passava pelo local neste sábado (12). Ele conta que dança desde os 15, mas que o gosto pelo chamamé cresceu com o tempo.  Qualquer oportunidade é uma chance para o jovem mostrar o que aprendeu. O hábito é comum para ele, que sempre dança no Mercadão. O que ele não esperava era que a “mania” renderia um bico de coelho nesta Páscoa.  “Não resisti, vesti a fantasia e fui. A roupa é aquilo ‘ossos do ofício’, mas a gente se diverte bastante. Trabalho na banca aqui e a empresa que vende chocolate me viu dançando e me convidou para esse trabalho”.  A função de Eduardo é aproveitar o som do músico Arthur Vilalva e entregar folhetos convidando as pessoas para irem até a loja, que fica dentro do Mercadão.  “Eu dançava chamamé na escola, então terminei o Ensino Médio e agora só aqui. Eu aprendi com meu professor de dança de salão. Ele disse que o ritmo era interessante, e realmente é. Quando você pega o jeito é como andar de bicicleta”.  Arthur não contava que o coelho fosse prestigiar o som. A combinação realmente atraiu pessoas ao redor do músico.  “Em Mato Grosso do Sul nem o coelho foge do chamamé. Todo mundo aqui dança um pouco, uma alvaneira. Faz 10 anos que toco. Não tem como ficar parado. Todo mundo se mexe”, comenta. Quem vive em Mato Grosso do Sul já ouviu e sentiu o ritmo envolvente do chamamé. Mais do que um estilo musical, por aqui é expressão de identidade, memória e cultura.  Embora tenha origem na Argentina e também seja muito presente no Paraguai, é no solo sul-mato-grossense que esse ritmo ganha uma personalidade própria. No Estado, o chamamé se moldou à vida na fronteira, misturando influências guaranis, paraguaias, pantaneiras e caipiras. Acompanhe o  Lado B  no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e  Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp  (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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