Após denunciar vizinho, casal se diz perseguido por guardas municipais

O que começou com um desentendimento entre vizinhos no Bairro Danúbio Azul ganhou outra proporção na vida de uma família que afirma ser perseguida por dois guardas civis metropolitanos (GCMs). O caso se arrasta desde 2021 para o casal, que já procurou a delegacia, o Ministério Público e também a corregedoria da Guarda. A sugestão foi enviada à reportagem através do canal Direto das Ruas.  A história teve início durante a pandemia, quando Eduardo* acionou a polícia por conta das festas com música alta realizadas pelo vizinho. “Na pandemia começaram a fazer festa três vezes por semana, ia até de madrugada e as crianças não dormiam. Fui falar com ele e piorou as coisas. Chamei a polícia, entrei com ação”, recorda. Foi a partir desse momento que os dois guardas teriam passado a intimidar o músico e a esposa. À reportagem, a mulher de Eduardo relatou como os dois servidores públicos do município agiam. “Começaram a provocar e tentar intimidar meu esposo e a mim. Era presença constante, fardados, em viatura oficial. Passavam em frente à nossa casa e acionavam sirene, várias intimidações”, pontua. Desde 2021, a família registrou pelo menos três boletins de ocorrência por conta das intimidações dos guardas. A reportagem teve acesso a um deles, em que Eduardo relata estar formalizando a queixa por medo de sofrer algum tipo de emboscada. Já em 2022, conforme Eduardo, esses mesmos GCMs teriam jogado pedaços de concreto no telhado da residência. Ele conta que procurou a corregedoria depois disso, mas que nada foi feito. “Só na corregedoria fomos três vezes e não adiantou nada”, completa. Além da corregedoria, a família também recorreu ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O procedimento instaurado em 2024 trata-se de um inquérito policial para apurar a ocorrência de dano, perseguição e violência doméstica. O MP considerou que o caso exigia continuidade das investigações, como a identificação dos guardas da unidade Segredo para localização dos dois envolvidos. Em 2025, a intimidação continua por parte de um dos guardas, que segue aparecendo em frente à casa da família. “Um deles nunca parou de aparecer aqui, sempre em tom de provocação e ameaça. […] Foi uma perseguição que mexeu muito com minha família, inclusive com meus filhos menores, que na época tinham entre 5 e 10 anos”, diz a esposa de Eduardo. Por conta das sucessivas intimidações, Eduardo relata que as crianças sentem medo de sair de casa.  A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande sobre o caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto. *Eduardo é um nome fictício para preservar a fonte e terceiros  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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