
Corpo da bebê foi encontrado na casa da família, em um armário junto com materiais de limpeza. Mãe deu duas versões para a morte da menina, uma de morte acidental e outra de que asfixou a filha com travesseiro. A Polícia Civil investiga se a mãe da recém-nascida encontrada morta em casa, em Novo Lino (AL), nessa terça-feira (14), teve ajuda para esconder o corpo da menina. Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, foi presa em flagrante apenas por ocultação de cadáver.
O corpo de Ana Beatriz foi encontrado no início da tarde, enrolado em um saco plástico dentro de um armário junto com materiais de limpeza, após o advogado da família convencer Eduarda a dizer onde estava o corpo da filha.
O delegado Igor Diego afirmou que as buscas realizadas dentro da casa da família desde o primeiro dia do desaparecimento de Ana Beatriz não indicaram indícios de que havia um corpo no imóvel. Ele disse que, na segunda-feira (14), uma cadela especializada em encontrar corpos farejou toda a casa, inclusive o armário em que o corpo da bebê foi encontrado, e não localizou o cadáver.
“A cadela se machucou durante as buscas e ficou com a pata sangrando. Ao lado desse móvel tem várias pisadas da cadela, mostrando que ela realizou todo o trabalho naquele móvel. Nós abrimos todas as portas, todas as gavetas da casa, guarda-roupas, armários, geladeira, freezer e nada foi encontrado. Então trabalhamos com a hipótese de durante a madrugada ou no início da manhã, uma terceira pessoa ter retornado com esse corpo para aquele lugar”, afirmou o delegado.
Segundo o delegado, a mãe da bebê não passou a noite de segunda-feira na residência, e não havia mais ninguém na casa, o que pode ter contribuído para a ocultação do cadáver.
“A mãe pode ter se desesperado e pedido a ajuda de algum familiar para fazer isso. E se aproveitando desse momento em que não havia ninguém na casa, ninguém na rua, porque a mãe da criança estava em outra região de Novo Lino, essa pessoa pode ter pego esse corpo e colocado na armário. São coisas que a investigação ainda vai trabalhar”, afirmou o Igor Diego.
Duas versões para a morte da bebê
Após falar em morte acidental, mãe diz que asfixiou bebê em AL
A mãe da bebê duas versões para a morte da menina, uma de que houve morte acidental e outra de que asfixiou a criança com um travesseiro.
Segundo o delegado Igor Diego, a primeira versão apresentada pela mãe foi de morte acidental. Ela contou que a menina teria se engasgado enquanto era amamentada de madrugada e sufocou. A mãe disse que tentou reanimá-la, mas que não conseguiu.
Após ser confrontada pela polícia, ela deu uma segunda versão, de que asfixiou a criança. A mãe contou que estava há duas noites sem dormir porque a bebê chorava muito e também por causa do barulho de som de um bar na frente da casa da família. Diante da situação, teria sufocado a menina com um travesseiro.
“Inicialmente, ela começou dizendo que estava amamentando, a criança teria tido um engasgo e ela teria tentado reanimar a criança e não teria conseguido. Posteriormente, ela mudou a versão afirmando que a criança não dormia, estava chorando bastante. (…) Ela não aguentava mais aquela situação, teria pego o travesseiro da criança e teria realizado a asfixia, matando a criança”, disse o delegado Igor Diego.
Versões contraditórias para o desaparecimento
Na última sexta-feira (11), a mãe procurou a polícia para dizer que a sua filha tinha sido arrancada de seus braços por 4 criminosos em um carro preto no meio da BR-101. Uma operação foi montada e as buscas pela menina seguiram até o interior de Pernambuco.
Um homem chegou a ser preso suspeito de participação no sequestro em Vitória de Santo Antão (PE), mas foi liberado.
Depois de ser confrontada pelos policiais, a mãe mudou a versão e disse que homens armados invadiram a casa dela, a estupraram e depois levaram a bebê. Segundo a polícia, ela deu 5 versões, ao todo, para o desaparecimento da filha. Todas foram descartadas pela Polícia Civil.
Diante das novas informações, uma operação foi montada na segunda (14) para encontrar a bebê Ana Beatriz em Novo Lino. A Polícia Civil chegou a procurar em cisternas e até em latas de lixos, mas não encontrou o corpo da criança.
Somente nessa terça, depois que ela admitiu ao advogado onde havia escondido o corpo, é que o crime foi descoberto.
Ao ser acionada pelo pai da criança e pelo advogado, a Polícia Civil foi até a casa da família, mas a porta estava trancada. Os policiais perecisaram invadir a casa pela janela para localizar o cadáver.
Corpo de bebê desaparecida em Alagoas é encontrado no quintal da casa da família