Desemprego no Brasil cai para 6,6% e alcança menor índice do trimestre em 10 anos

O índice de desemprego no Brasil atingiu o menor patamar dos últimos 12 anos no trimestre entre junho e agosto de 2024. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta sexta-feira (27).

A taxa atingiu 6,6% — o menor valor de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012. Anteriormente, o menor resultado para o período era de 7%, registrado em 2014.

Desemprego no Brasil registra menor índice para o trimestre desde 2014 – Foto: Divulgação/ND

Conforme o R7, a pesquisa aponta que o desemprego no Brasil recuou nos dois períodos analisados: trimestral e anual. No primeiro, a queda foi de 6,5%, ou seja, menos 502 mil pessoas sem emprego. Já no comparativo anual, o recuo foi de 13,4%, representando 1,1 milhão de pessoas desocupadas. Esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Desemprego no Brasil recua e população ocupada bate recorde

A população com emprego no país atingiu uma marca importante na série histórica, com crescimento em ambas as comparações: 1,2% (mais de 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,9% (mais de 2,9 milhões de pessoas) no ano. O percentual de pessoas ocupadas, na população em idade para trabalhar, foi de 58,1%. Esse foi o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em agosto desde 2013.

A taxa de informalidade, por sua vez, ficou em 38,8% da população ocupada, totalizando 39,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre encerrado em maio, o índice era de 38,6% e, no mesmo período em 2023, era de 39,1%.

População tem remuneração estável

O rendimento real de todos os trabalhos (R$ 3.228) ficou estável no trimestre e cresceu 5,1% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 326,2 bilhões) cresceu 1,7% (mais R$ 5,5 bilhões) no trimestre e 8,3% (mais R$ 24,9 bilhões) no ano.

Trabalhadores no setor privado

O número de empregados no setor privado chegou a 52,9 milhões, novo recorde da série iniciada em 2012, com altas de 1,7% (ou mais 882 mil pessoas) no trimestre e de 4,9% (ou mais 2,5 milhões de pessoas) no ano.

Índice de trabalhadores com carteira assinada cresce 0,8% e chega a 38,6 milhões de brasileiros – Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Arquivo/Secom

Já o número de trabalhadores com carteira de trabalho no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, chegou a 38,6 milhões, mais um recorde. Houve alta de 0,8% (mais ou 317 mil pessoas) no trimestre e de 3,8% (ou mais 1,4 milhão de pessoas) no ano.

O número de empregados sem carteira no setor privado (14,2 milhões) também foi recorde, com altas de 4,1% (mais 565 mil pessoas) no trimestre e de 7,9% (mais 1,0 milhão de pessoas) no ano.

Trabalhadores por conta própria e setor público

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) e de empregadores (4,3 milhões).

O índice de empregados no setor público (12,7 milhões) também foi recorde, subindo 1,8% (221 mil pessoas) no trimestre e 4,3% (523 mil pessoas) no ano.

*Com informações do R7.